Num comunicado divulgado hoje, a Honda informou também que vai reduzir o investimento em 'software' para carros elétricos.
"Considerando o recente abrandamento do mercado, esperamos que o rácio de vendas de veículos elétricos da Honda a nível mundial fique em 2030 abaixo dos 30% anunciados anteriormente", afirmou a empresa japonesa.
Segundo a companhia, a indústria automóvel "está a mudar de dia para dia" devido a uma grande incerteza no ambiente empresarial e a mudanças nas regulamentações ambientais e nas "políticas comerciais de vários países".
Como resultado, a Honda decidiu também reduzir o seu investimento no desenvolvimento de 'software' para veículos elétricos, de 10 biliões de ienes (cerca de 60.000 milhões de euros) para sete biliões de ienes (42.000 milhões de euros).
Ainda assim, decidiu manter o seu objetivo global de que todos os automóveis novos vendidos até 2040 sejam ou elétricos ou com célula de combustível (hidrogénio).
A decisão da Honda surge depois de a administração do Presidente dos EUA, Donald Trump, ter decidido aplicar, desde 03 de abril passado, tarifas de 25% a todos os veículos não americanos, uma medida que poderá ter um grande impacto na indústria automóvel japonesa, que tem na maior economia do mundo um dos seus principais mercados.
As tarifas poderão custar aos principais fabricantes japoneses até 3,2 biliões de ienes (cerca de 19.800 milhões de euros) em impostos.
As exportações de automóveis representaram 28,3% do total das exportações japonesas para os EUA em 2024, que surge como o setor com maior quota de vendas para aquele país, seguido dos componentes automóveis, com 5,8%.
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