Lucro da BMW cai 2,4 % no 1.º trimestre para 574 milhões
O fabricante alemão de automóveis BMW, que detém as marcas Mini e Rolls-Royce, anunciou hoje que o lucro no primeiro trimestre deste ano caiu 2,4%, para 574 milhões de euros, face a igual período de 2019.
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A BMW referiu ainda que reviu em baixa a suas previsões para este ano devido à pandemia da covid-19.
O grupo alemão explicou que as vendas não se normalizaram nos principais mercados, pelo que prevê vários cenários, mas está preparada para adotar medidas adicionais que permitam garantir a sua posição financeira.
O presidente da BMW, Oliver Zipse, ao apresentar os resultados trimestrais, afirmou que "é evidente que a situação é séria e as previsões de mercado são possíveis fazer-se no ambiente atual, mas com limitações".
O gestor disse ainda que a BMW está a reiniciar gradualmente a produção, atendendo à procura em mercados específicos, mas que está a seguir de perto os desenvolvimentos para poder reagir com flexibilidade.
A administração da BMW reviu as previsões para o final deste ano, e prevê agora um lucro operacional inferior ao registado no ano passado, uma vez que as medidas para conter a pandemia serão aplicadas em muitos mercados por mais tempo do que era pensado em meados de março.
Daí que as vendas "não vão normalizar-se de novo em apenas algumas semanas", defendeu o gestor.
A BMW espera que os efeitos negativos da pandemia tenham um "impacto forte" no segundo trimestre deste ano.
Até março, o grupo BMW vendeu 477.111 unidades das marcas BMW, Mini e Rolls-Royce (-20,6%), mas aumentou a faturação em 3,5%, para 23.252 milhões de euros.
O resultado operacional aumentou para 1.375 milhões de euros, mais do dobro do mesmo trimestre do ano anterior (589 milhões de euros), quando a BMW criou provisões de 1.400 milhões de euros por causa das acusações da Comissão Europeia de ter criado um cartel com a Daimler e Volkswagen para limitar o desenvolvimento de tecnologias que permitia reduzir as emissões tóxicas em viaturas a gasolina e a diesel.
No primeiro trimestre deste ano, o resultado financeiro do grupo BMW foi afetado devido à queda nas taxas de juros nos Estados Unidos.
A margem de lucro operacional das vendas do grupo foi de 3,4% no primeiro trimestre, um valor semelhante em termos homólogos.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 251 mil mortos e infetou quase 3,6 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (68.934) e mais casos de infeção confirmados (quase 1,2 milhões).
Seguem-se o Reino Unido (29.427 mortos, perto de 200 mil casos) Itália (29.315 mortos, mais de 213 mil casos), Espanha (25.613 mortos, mais de 219 mil casos) e França (25.531 mortos, mais de 169 mil casos).
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.
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