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Oficial: Portas fica no Governo

Após quase uma semana de impasse quanto à manutenção da coligação governamental, e de muito se ter especulado acerca das soluções para a crise política desencadeada pela demissão do ministro dos Negócios Estrangeiros, é oficial: Paulo Portas mantém-se no Executivo liderado por Pedro Passos Coelho, como vice-primeiro-ministro com a coordenação das políticas económicas, da reforma do Estado e das relações com a troika.

Oficial: Portas fica no Governo
Notícias ao Minuto

19:38 - 06/07/13 por Elsa Pereira

Política Acordo

O divórcio esteve por um triz, chegaram a separar-se, mas, no fim de contas, decidiram renovar os votos. Depois de quatro dias, o que era “irrevogável” deixou de o ser, e o líder do CDS, Paulo Portas, irá mesmo manter-se no Governo, garantindo assim a sobrevivência da coligação governamental.

Numa comunicação conjunta ao País, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou, a partir do Hotel Tivoli, em Lisboa, onde este sábado à tarde, à semelhança de Portas, reuniu com a direcção do partido a que preside, o acordo que desbloqueia a crise política, desencadeada, recorde-se, pela demissão do, então, ministro dos Negócios Estrangeiros, que, embora presente, continuou a guardar um silêncio, por sinal, já longo.

“Chegámos a um acordo sólido e abrangente que garante a estabilidade política até ao fim da legislatura”, começou por sublinhar o chefe do Governo, acrescentando que “haverá consequências na composição” do Executivo, que, indicou, sofrerá "alterações com significado".

O primeiro-ministro não se alongou nesta matéria, deixando claro que é prerrogativa do Presidente da República, Cavaco Silva, validar as propostas feitas e informar os portugueses acerca das mesmas.

No entanto, Passos Coelho fez saber, a este propósito, além de confirmar o nome de Portas para vice-primeiro-ministro, que a nova responsável pelo Ministério das Finanças, Maria Luís Albuquerque, continua a assegurar essa mesma pasta, isto, apesar de ter sido a sua nomeação para substituir Vítor Gaspar que desencadeou a crise política dos últimos dias.

“Queremos iniciar um novo ciclo, que desejamos que coincida com a viragem da situação económica”, assinalou também o líder do Executivo, falando no reafirmar do "empenho para uma solução governativa estável".

Ora, Paulo Portas reforçará, pois, a sua posição no Governo, tornando-se num efectivo número dois, ao abraçar as funções de vice-primeiro-ministro, que acumulará com a coordenação das políticas económicas, do dossiê da reforma do Estado, bem como ficará encarregue das relações com a troika.

Ainda que não tenha sido confirmado pelo primeiro-ministro, o afastamento de Álvaro Santos Pereira da tutela da Economia constituirá uma das mudanças mais prováveis na orgânica do Executivo. O nome do centrista António Pires de Lima é já dado como certo para herdar esse testemunho.

Também os nomes do vice-presidente do PSD, Jorge Moreira da Silva, e do actual embaixador de Portugal nos Estados Unidos, Nuno Brito, são apontados como ministeriáveis no que diz respeito às pastas do Ambiente e dos Negócios Estrangeiros, respectivamente.

O superministério de Assunção Cristas poderá, desta feita, ficar menos ‘super’, abdicando a governante da tutela do Ambiente, e passando ‘apenas’ a ter a seu cargo as áreas da Agricultura, Mar e Ordenamento do Território.

O Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, dirigido pelo democrata-cristão, Pedro Mota Soares, manter-se-á, em princípio, intacto.

Reitere-se que falta ainda a palavra final de Cavaco Silva, que irá reunir com os partidos com assento parlamentar na próxima segunda e terça-feira, sendo expectável que só depois se pronuncie sobre este entendimento alcançado entre Passos e Portas e comunique, então, a nova estrutura do Executivo.

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