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Bloco acusa Governo de "não ter feito muito" pela confiança na economia

A porta-voz do Bloco de Esquerda (BE) Catarina Martins acusou hoje o Governo de não ter "feito muito" pela confiança na economia portuguesa ou na zona euro e de ter "pouca capacidade" de responder concretamente nos debates.

Bloco acusa Governo de "não ter feito muito" pela confiança na economia
Notícias ao Minuto

17:00 - 07/07/15 por Lusa

Política Catarina Martins

"Não se pode dizer que o Governo português tenha feito muito pela confiança nem na economia portuguesa nem na zona euro porque empobrecer um país não torna uma economia mais forte", afirmou Catarina Martins, quando questionada acercas das declarações do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, que afirmou pretender levar ao debate do "Estado da Nação" desta quarta-feira uma mensagem de confiança na zona euro e na economia portuguesa.

A porta-voz bloquista declarou também, numa conferência de imprensa que decorreu hoje na sede nacional do BE, em Lisboa, que "acrescentar a todos os riscos da zona euro pressões sobre países que estão em situação de alguma forma semelhante a Portugal, também não contribui em nada para a estabilidade da zona euro".

"O Governo tem feito muitos debates sobre índices, trajetórias e décimas e tem tido muito pouca capacidade de responder a perguntas concretas", acrescentou Catarina Martins, ainda sobre o debate do "Estado da Nação", o último desta legislatura.

A dirigente bloquista sublinhou ainda que espera que este "possa ser um debate que fale sobre a realidade do país", pois "não interessa a ninguém que seja um debate incompreensível à maior parte da população" e quer as privatizações no centro do debate político.

"Pensar o estado da nação hoje é combater as privatizações e reivindicar o controlo público dos setores estratégicos que este Governo tem vindo a desbaratar", acrescentou a dirigente bloquista.

Catarina Martins acusou também o executivo de "ter mesmo muito a esconder" nesta matéria das privatizações, pois "tem-se recusado sistematicamente, alegando natureza comercial dos acordos, em dar conhecimento dos contratos e das garantias de serviço público acordadas".

"O discurso do Governo sobre as privatizações assenta, genericamente, na construção de três mitos", que a deputada bloquista considera falsos, sendo eles: "as empresas públicas são mal geridas, a privatização vai gerar competitividade e diminuir os preços, e em terceiro lugar, as privatizações vão melhorar as contas do Estado".

A deputada sublinhou ainda que "o Estado privatizou sobretudo empresas lucrativas", enquanto "as empresas que tinham prejuízo" vão continuar "largamente, ou mesmo a 100% na mão do Estado".

"As privatizações são portanto um embuste ideologicamente sustentado", e "não só não diminuíram a dívida como aumentaram o défice", e são um problema de soberania de Portugal", declarou, explicando que a nação "vê setores vitais para a independência de um país, como a distribuição da energia, comunicações, sem nenhum papel do Estado, ao contrário do que acontece na esmagadora maioria dos países europeus".

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