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"Vírus da amnésia parece ter atacado" atores do caso BES

A deputada do Bloco de Esquerda que ganhou destaque na última semana após uma pergunta a Zeinal Bava falou na ‘Grande Entrevista’, à RTP Informação, sobre a comissão de inquérito parlamentar que tem investigado o que se passou no universo Espírito Santo.

"Vírus da amnésia parece ter atacado" atores do caso BES
Notícias ao Minuto

22:50 - 04/03/15 por Pedro Filipe Pina

Política Mariana Mortágua

Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, foi entrevistada esta noite na ‘Grande Entrevista’, da antena da RTP sobre a comissão de inquérito ao BES, que tem decorrido na Assembleia da República, a mais jovem deputada do parlamento português considera que um “vírus da amnésia parece ter atacado em geral quase todos os grandes protagonistas da comissão de inquérito”.

Mariana Mortágua, recorde-se, ganhou recentemente destaque nas redes sociais, onde uma pergunta sua a Zeinal Bava, antigo responsável máximo da PT, ficou viral. Em causa estava o facto de a PT ter perdido quase 900 milhões de euros num investimento numa holding do Grupo Espírito Santo (GES), a RioForte. “É um bocadinho de amadorismo para quem ganhou tantos prémios de melhor CEO do ano, da Europa e arredores, não é?”, perguntou Mariana Mortágua a Zeinal Bava, no decorrer do inquérito ao antigo CEO da PT.

Para a deputada ‘bloquista’, e a propósito do inquérito que tem levado as mais diversas figuras ligadas ao BES e ao GES ao parlamento, não há dúvidas: muitos “tinham perfeita noção, em muitos casos, daquilo que estavam a fazer”, acusa a deputada, considerando que o que se verifica “é um esquecimento estratégico”.

“Como há muitas coisas no BES que ainda estão a ser investigadas, há muita coisa em aberto”, adiantou ainda, explicando que é essa a razão pela qual tem notado algum “calculismo” nas respostas de algumas das figuras que têm surgido na comissão de inquérito.

Ainda que as questões colocadas nas comissões de inquérito possam por vezes parecer infrutíferas, Mariana Mortágua considera que estas comissões têm relevância. “Mesmo quando alguém não quer falar, [o assunto] é exposto ao país”, defende, salientando ainda que os portugueses ficam também a saber quando a pessoa em causa “não quer colaborar com a comissão de inquérito”.

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