Equipa que investiga Sócrates leva poucos casos à barra dos tribunais
Durante os últimos três anos, a equipa que investiga o ex-primeiro-ministro José Sócrates abriu um conjunto de mais de 1700 inquéritos. Contudo, destes, apenas 8% chegou a ir a julgamento, dá conta o Diário de Notícias desta sexta-feira.
© Reuters
País Operação Marquês
Apenas 8% dos processos de investigação abertos pela equipa liderada por Amadeu Guerra, que investiga José Sócrates, chegou à barra dos tribunais, dá conta o DN.
O departamento que investiga o antigo primeiro-ministro, suspeito de crimes de corrupção, fraude fiscal agravada e branqueamento de capitais, desde o início do ano já abriu 584 investigações.
Em termos quantitativos, o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) apenas formulou, nos últimos três anos, 144 acusações, uma estatística que se diluiu nos mais de 1700 processos de abertos.
Esta estatística estará relacionada, explica o DN, com o facto de muitos processos levados a cabo por este departamento ainda não estarem completos, mas também porque muitos processos foram arquivados por falta de prova. É que os crimes investigados são de elevada complexidade, sendo, consequentemente, difíceis de provar.
Amadeu Guerra, responsável pelo DCIAP, herdou o lugar de Cândida Almeida, em 2013, depois de uma passagem prolongada da procuradora – 2001 a 2013 – por este departamento.
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