"Declarações de Seguro são fogachos da campanha eleitoral"
O antigo líder do PSD, Luís Marques Mendes, acusou hoje os partidos de já estarem demasiado centrados nas eleições. No seu comentário habitual de sábado à noite, no telejornal da SIC, o político ‘laranja’ referiu ainda que as declarações de António José Seguro sobre a extinção dos tribunais são “fogachos da campanha eleitoral”.
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Política Marques Mendes
Luís Marques Mendes considerou o caso das obras Miró como a “trapalhada da semana” que levou a um “exercício de oportunismo político”.
“Alguns deputados do PS, que estão muito empenhados em preservar estas obras de arte, estiveram tanto tempo no Governo e não fizeram nada quando podiam ter feito”, acusou Marques Mendes.
O comentador acusou ainda Passos de Coelho de “demagogia” e de “não dizer o que devia ter dito”.
“O que ele [Passos Coelho] não disse e devia ter dito é que se os quadros forem vendidos o dinheiro é para os cofres da CGD [Caixa Geral de Depósitos], só para isso. Posto isto, acho que há uma solução que combinava a questão financeira com a cultural: o Estado pode pagar à CGD ou em dinheiro ou em espécie. Entregando as obras, o Estado paga na mesma a dívida, a CGD fica com um ativo e as obras ficam em Portugal”, explicou.
“Se não houvesse tanta demagogia e tanta picardia política conciliava-se tudo”, rematou.
Relativamente às declarações de António José Seguro que hoje assegurou que assim que chegar ao Governo vai reabrir todos os tribunais que o Executivo de Passos Coelho está a encerrar, Luís Marques Mendes considerou que se trata apenas de “fogachos de campanha eleitoral”.
“Isto vai passar-lhe. São fogachos de campanha eleitoral. Esta reforma é positiva e corajosa”, sublinhou.
Antes de terminar o seu comentário, Marques Mendes admitiu compreender as reações das populações ao encerramento dos tribunais, mas sublinhou que a decisão da ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, é “compreensível”.
“Eu compreendo as populações que se sentem inferiores, mas também é compreensível a decisão da ministra. Não se pode ter tribunais à porta de casa e os que são fechados são os tribunais com poucos processos. A extinção de um tribunal é consequência da desertificação e não a causa”, concluiu.
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