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Reforço da segurança prometido pelo governo tunisino ainda por fazer
O reforço da segurança nas zonas turísticas de Tunes, prometido pelo governo tunisino após o atentado sangrento num hotel na sexta-feira, ainda não era hoje visível, mas o ministério do Interior garantiu que a operação estava em curso.
© Reuters
Mundo Atentado
A 26 de junho, um estudante tunisino de 23 anos, armado com uma espingarda automática 'kalachnikov' que tinha escondido num chapéu-de-sol, disparou sobre banhistas numa praia e nas piscinas do hotel "Imperial Marhaba", em Port El Kantaui, a sul de Tunes.
O governo anunciou que a polícia turística ia ser armada - uma estreia, disseram as autoridades - e que um milhar de agentes de segurança armados iam reforçar aquela força, a partir de quinta-feira, sendo destacados no interior e exterior dos hotéis, em praias e locais turísticos e arqueológicos.
"Começámos a destacar (as unidades) e dentro de uma hora polícias armados estarão nos hotéis", declarou a meio da manhã à agência noticiosa francesa AFP o porta-voz do ministério do Interior Mohamed Ali Arui.
Esta manhã, em frente às termas de Antonino, em Cartago, um dos principais locais arqueológicos nos arredores de Tunes, não se avistava qualquer agente, apesar de se encontrarem já uma dezena de turistas acompanhados pelo seu guia.
De acordo com um segurança do local, dois polícias armados asseguram a proteção do museu no exterior desde o atentado contra o museu do Bardo, em Tunes, a 18 de março (22 mortos, dos quais 21 turistas), mas não eram visíveis cerca das 08:00 (mesma hora em Lisboa).
Em Gammarth, zona turística da periferia norte de Tunes, os seguranças dos hotéis junto à praia aguardavam a chegada dos agentes, mas não era ainda visível qualquer uniforme.
No bairro turístico de Sidi Bou Said (periferia norte), três polícias armados da esquadra local estavam, como habitualmente, nos seus postos ao fundo da rua que conduz aos cafés com terraços sobre o mar, mas disseram desconhecer informações sobre a chegada de reforços.
Os responsáveis da segurança "estão ocupados a distribuir (os reforços) em Hammamet", estância balnear a sul de Tunes, e em outros locais, garantiu Arui.
Após o ataque contra o "Imperial Marhaba", os tunisinos questionam as eventuais falhas das forças de segurança, já que o atacante passou pelo menos 30 minutos na praia e no hotel antes de ser abatido pela polícia, de acordo com testemunhas.
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