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Obama crê que PM israelita não propôs uma "alternativa viável"

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou hoje que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, não apresentou diante do Congresso norte-americano qualquer "alternativa viável" para o projeto de acordo sobre o programa nuclear iraniano.

Obama crê que PM israelita não propôs uma "alternativa viável"
Notícias ao Minuto

19:55 - 03/03/15 por Lusa

Mundo Congresso

O discurso do líder israelita no Capitólio (sede do Congresso) não trouxe "nada de novo", disse o chefe de Estado norte-americano, numa declaração na Sala Oval (gabinete presidencial) na Casa Branca.

"Ainda não temos um acordo. Mas se formos bem-sucedidos, este será o melhor acordo possível com o Irão para prevenir que o Irão tenha uma arma nuclear", acrescentou.

"É importante que continuemos focados neste problema. A questão central é: como podemos impedir [o Irão] de obter uma arma nuclear", indicou Obama, sublinhando ainda que "não está focado na política, (...) no teatro".

Num discurso diante das duas câmaras do Congresso norte-americano (Câmara dos Representantes e Senado), o primeiro-ministro israelita contestou hoje o "muito mau acordo" que Barack Obama pretende concluir até finais de março sobre o programa nuclear iraniano, denunciando ainda que Teerão representa uma "ameaça para o mundo inteiro".

Benjamin Netanyahu, um acérrimo opositor das negociações sobre o controverso programa nuclear iraniano, alertou igualmente para o risco de uma "corrida ao armento nuclear no Médio Oriente".

O chefe do Governo israelita está em Washington desde domingo para contestar e denunciar o acordo que o grupo 5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha) e o Irão pretendem concluir até 31 de março.

O líder israelita espera que o Congresso norte-americano, atualmente controlado pelos republicanos, vote a favor de novas sanções contra o regime de Teerão.

A aplicação de novas sanções é rejeitada pela Casa Branca, que receia que a medida possa abalar as negociações internacionais.

Estas negociações devem conduzir a um regulamento político que garanta a natureza pacífica do programa nuclear do Irão em troca de um levantamento das sanções internacionais.

O regime de Teerão sempre salientou o caráter civil e pacífico do seu programa nuclear.

O discurso do líder israelita no Capitólio foi encarado como um desafio a Barak Obama, que não foi informado com antecedência da deslocação de Netanyahu ao Congresso.

O líder israelita foi convidado pelo presidente da Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso), o republicano John Boehner, o que terá irritado a Casa Branca.

Em meados de janeiro, a Casa Branca anunciou que Obama não iria reunir-se com Netanyahu, justificando a decisão com a proximidade das eleições em Israel, agendadas para 17 de março.

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