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Rapper liberiano lança música para alertar população para a doença

Um rapper liberiano, que demonstrou ceticismo em relação à existência do vírus Ébola, está agora a fazer sucesso com uma música em que alerta para o perigo da epidemia que atinge a África ocidental.

Rapper liberiano lança música para alertar população para a doença
Notícias ao Minuto

13:54 - 21/08/14 por Lusa

Mundo Ébola

"Deixa de ter medo, não te escondas. As pessoas ainda podem sobreviver com Ébola", diz a letra de uma canção escrita pelo rapper de Monróvia Charles Yegba, que anteriormente considerava "uma invenção" a epidemia que já matou 1.229 pessoas, divulgada numa entrevista publicada na página oficial da Organização Mundial de Saúde (OMS) na Internet.

Desde o início do surto de Ébola, em março já foram registados 2.240 casos de infeção, a maior parte na Libéria, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a decretar, no dia 08 de agosto, o estado de emergência de saúde pública mundial.

À semelhança de muitos cidadãos da Libéria, Charles Yegba também não acreditava que o Ébola fosse real.

"Pensava que isso fosse mentira, para angariar dinheiro porque até então nunca tinha visto uma pessoa infetada na minha comunidade", afirma na entrevista publicada na página da OMS.

Mas o artista diz ter mudado de opinião quando viu um grupo de pessoas a bloquear uma estrada em Monróvia, capital da Libéria, porque um homem estava deitado no chão com sintomas do Ébola.

Charles Yegba pretende agora gravar um vídeo para divulgar a sua mensagem na Libéria.

"Por favor, vá para o hospital, se estiver com febre, dor de cabeça, diarreia ou vómitos", diz um dos versos do "rap" de Charles Yegba, 41 anos, pai de dois filhos, que considera a música um "meio muito forte" para consciencializar a comunidade sobre o flagelo.

A música de Charles Yegba é o mais recente êxito "rap" nas estações de rádio liberianas e os jovens adeptos desse estilo musical já começaram a replicar a mensagem sobre o Ébola nas ruas, onde diariamente líderes comunitários e as autoridades locais fazem campanhas de sensibilização para conter a doença ainda sem cura.

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