Deputados e funcionários do parlamento recebem diplomas de língua portuguesa
Um grupo de 15 deputados e 79 funcionários do parlamento de Timor-Leste recebeu o certificado de frequência do curso de língua portuguesa, numa cerimónia que decorreu na Assembleia Nacional, que hoje terminou a segunda sessão legislativa.
© Lusa
Mundo Timor-Leste
"É uma aposta estratégica e fundamental", afirmou o presidente do parlamento timorense, Vicente Guterres.
Segundo Vicente Guterres, é preciso dominar a língua portuguesa, que é ao mesmo tempo um "elo de união entre todos os timorenses e garantia da sua sobrevivência como país independente".
"Esta aposta tem de ser ganha custe o que custar", salientou o presidente do parlamento nacional.
Em declarações à agência Lusa, Vicente Guterres disse pretender que todos os deputados, funcionários, polícias ao serviço do parlamento, corpo de segurança, condutores e jornalistas acreditados no hemiciclo aprendam português.
"São precisas mais salas e professores", disse, salientando que por essa razão ainda nem todos estão a aprender a língua portuguesa.
O ensino da língua portuguesa no parlamento nacional é feito por dois professores português no âmbito de um programa apoiado pela Assembleia da República de Portugal, União Europeia e Programa da ONU para o Desenvolvimento.
A cerimónia contou com a presença do antigo Presidente timorense José Ramos-Horta que entregou os certificados, depois de ter explicado aos deputados a situação na Guiné-Bissau.
O Prémio Nobel da Paz terminou no passado mês de junho a sua missão naquele país da África Ocidental como representante do secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon.
A Constituição de Timor-Leste determina o tétum e o português como línguas oficiais do país e o bahasa (língua indonésia) e o inglês como línguas de trabalho.
Segundo o Ministério da Educação de Timor-Leste, no país apenas falam português cerca de 25 por cento da população, ou seja, os mais velhos e alguma elite económica, política e social.
Os censos de 2010 revelam que, dos cerca de um milhão de timorenses, apenas 56,1 por cento fala, lê e escreve em tétum.
O bahasa é falado por 45,3 por cento da população e só depois aparece o português com 25,2 por cento e o inglês com 14,6 por cento.
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