Meteorologia

  • 05 MAIO 2024
Tempo
16º
MIN 16º MÁX 21º

"Se primeiro-ministro português tiver um acidente euro implode"

Filósofo, socialista e co-fundador da Frente de Esquerda, Jean-Luc Mélenchon falou ao i e explicou todos os riscos que a moeda única pode sofrer com meros acasos que aconteçam em Portugal. Crítico face ao conceito de crise como é interpretado na Europa, o político francês aconselha o Bloco de Esquerda e o PCP a não acreditarem no canto das sereias e a tentarem ultrapassar o PS.

"Se primeiro-ministro português tiver um acidente euro implode"
Notícias ao Minuto

08:16 - 15/07/13 por Notícias Ao Minuto

Economia Jean-Luc Mélenchon

“A palavra ‘crise’ é completamente inadaptada. Não penso que as nossas sociedades estejam em crise”. Foi com estas palavras que Jean-Luc Mélenchon, antigo ministro da Educação francês, iniciou a entrevista ao jornal i.

Para Jean-Luc Mélenchon, “a ideia de crise dá a entender que é possível regressar à situação em que estávamos antes”. “Ora aquilo que se produziu não permite que regressemos ao ponto que estávamos antes da crise”, frisou.

Para fugir a este pré-conceito de crise, Mélenchon adaptou o termo ‘bifurcação’, que é “explicado por uma série de parâmetros e são estes que definem a dinâmica do sistema”.

Neste sentido, o co-fundador da Frente de Esquerda frisou o risco que Portugal, e por consequência a Europa, pode sofrer com a implosão da crise, referindo-se ao fim do euro: “É uma realidade que pode desaparecer em dez dias. Basta Portugal não pagar e temos uma crise que pode levar ao fim da moeda única”, disse ao i.

“O primeiro-ministro de Portugal tem um acidente de automóvel e durante umas horas está incapaz, os mercados reagem e a moeda implode. Isto quer dizer uma coisa: este euro está condenado, porque uma moeda que depende de um acaso para sobreviver não é uma moeda estável”, criticou.

Quando questionado pelo i sobre o facto de François Hollande, de esquerda, e Pedro Passos Coelho, de direita, adoptarem as mesmas medidas no combate à crise, o antigo ministro francês disse que tal se trata de “uma vontade predadora do capital financeiro que entrou na Europa pela Grécia devido à capitulação da Europa”.

Neste sentido, Mélenchon criticou o facto de os três líderes socialistas de então, do momento em que a crise se instalou, Sócrates, Zapatero e Papandreou, não terem “organizado alguma resistência por parte do Sul da Europa, com a ajuda de grandes partidos, como o Partido Socialista Francês e os Democratas italianos”, e aconselhou o PCP e o Bloco de Esquerda a terem a “responsabilidade de unir e de fazer um programa que possa juntar a maioria da população, porque é necessário ter do nosso lado a maioria das pessoas”.

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório