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"Discutir austeridade é maneira de não se discutir nada"

Para Teodora Cardoso, tão ou mais importante do que a reforma do Estado é levar a cabo a “reforma da própria Administração Pública”.

"Discutir austeridade é maneira de não se discutir nada"
Notícias ao Minuto

08:33 - 28/03/15 por Notícias Ao Minuto

Economia Teodora Cardoso

Austeridade foi a palavra que mais destaque teve nos últimos quatro anos mas que Teodora Cardoso agora desvaloriza. A presidente do Conselho de Finanças Públicas (CFP) deu uma entrevista ao Expresso em que revela que a “discussão da austeridade é uma excelente maneira de não se discutir nada do que precisa de ser discutido”.

“Discutir se devemos pôr o Estado a gastar mais dinheiro sem o ter é fugir ao problema que é meter a economia a crescer com base em produtividade e emprego”, disse, destacando que, se nada for feito, o país arrisca-se a cair “novamente em défice excessivo”.

Contudo, a economista mostrou-se confiante quanto à possibilidade de Portugal alcançar um défice abaixo dos 3%. “É perfeitamente possível”, afirmou, mas “só se fizermos crescer a economia da maneira correta e não pondo o Estado a gastar mais dinheiro”.

Para Teodora Cardoso, “gastar mais dinheiro” do que o possível foi o problema de Portugal, que “nos últimos 15 anos” andou com “acesso a crédito” e que o usou “em grande quantidade”, tendo deixado, com isso, a “economia extremamente vulnerável”.

Ao Expresso, a responsável pelo CFP destacou algumas das mudanças que devem ser feitas. Além da já falada reforma do Estado, para Teodora Cardoso é tão ou mais importante levar a cabo uma reforma na Administração Pública, “que é menos complicada politicamente e que também precisa ser feita”.

“Temos tido imensas reformas mas as coisas vão fincando na mesma e o mundo mudou. Neste momento, o Estado precisa muito mais de gente qualificada em coisas tão óbvias como tecnologias de informação ou até juristas”, disse, recorrendo ao exemplo de profissionais contratados a entidades externas, recurso que, a seu ver, “é caro” e que coloca o Estado dependente de terceiras.

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