Granadeiro diz que só desconfiou dos problemas do GES em maio
O ex-presidente da PT, Henrique Granadeiro, assegurou hoje no Parlamento que apenas por altura do aumento de capital do BES, devido às informações que constavam no prospeto da operação, é que teve o primeiro sinal de possíveis problemas no GES.
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Economia BES
"O primeiro indício que eu tive de que alguma coisa podia estar menos alinhada foi quando li o prospeto do aumento de capital do BES [em maio de 2014] e havia um capítulo que são os 'risk factors' [fatores de risco], impostos pela CMVM [Comissão do Mercado de Valores Mobiliários], que me fizeram pensar", afirmou o responsável perante os deputados.
"Não falei com Ricardo Salgado, porque houve um aumento de capital que foi subscrito pela aristocracia da banca internacional", sublinhou, depois de questionado se tinha agido nessa altura para defender os interesses da Portugal Telecom (PT).
"Foi o primeiro sinal que me fez perguntar" se o investimento próximo de 900 milhões de euros que foi feito pela operadora no Banco Espírito Santo (BES) estava seguro, reforçou.
"E não desvalorize as declarações da senhora ministra [das Finanças] e do senhor governador do Banco de Portugal. E a declaração do senhor Presidente da República, que remete para o Banco de Portugal, e diz que o BES tem capacidade para absorver os impactos da área não financeira, mesmo os mais estranhos", assinalou.
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