Lotaria fiscal põe em causa a "dignidade do Estado"
Luís Marques Mendes descreveu hoje, no seu habitual comentário no telejornal da SIC, a lotaria fiscal levada a cabo pelo Governo como uma “causa nobre”, embora não seja a melhor atitude para a “dignidade do Estado”. Sobre os números do desemprego divulgados esta semana, o antigo líder do PSD garantiu que não é o suficiente para “lançar foguetes”, reconhecendo, contudo, que se trata de uma “tendência positiva”.
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Economia Marques Mendes
No seu comentário semanal na SIC, Luís Marques Mendes começou por se referir à lotaria fiscal, isto é, ao sorteio que vai permitir aos contribuintes portugueses habilitarem-se a ganhar um carro por inserirem o número de contribuinte nas faturas.
O antigo líder social-democrata considerou que “não é muito bonito para a dignidade do Estado andar a fazer rifas”, no entanto, admitiu que é por “uma causa nobre: combater a evasão fiscal”.
“Esperemos é que se houver mais receita para o Estado que não seja para engordar as empresas públicas, mas sim para baixar os impostos aos trabalhadores”, rematou.
Mudando de assunto, Marques Mendes referiu que os mais recentes números do desemprego são uma “tendência positiva”, mas que ainda não são motivo para “deitar foguetes”, relembrando que na próxima semana serão conhecidos os dados referentes ao crescimento económico do último trimestre de 2013.
O comentador disse ainda que o relatório da União Europeia sobre a corrupção em Portugal, que foi conhecido esta semana, “vem comprovar que não estamos nada bem nesse domínio”.
“Não há um discurso consistente e permanente dos responsáveis políticos que diga que o combate à corrupção é prioritário”, concluiu.
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