Problema da Europa é pedir "sacrifícios para salvar bancos e não as pessoas"
O presidente do Parlamento Europeia e candidato à presidência da Comissão Europeia, Martin Schulz, destacou em conversa com o jornal i, publicada na edição deste fim-de-semana, que o problema da União Europeia é, neste momento, o facto de pedir “sacrifícios não para salvar as pessoas mas os bancos”. Um rumo que Schulz quer mudar.
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Economia Martin Schulz
“Penso que, acima de tudo, a União Europeia perdeu confiança” e “isso aconteceu porque o euro era uma promessa, uma promessa de mais estabilidade, mais crescimento, mais emprego, salários mais decentes”.
A afirmação pertence ao presidente do Parlamento Europeia e candidato à presidência da Comissão Europeia, Martin Schulz, que em entrevista ao jornal i, hoje publicada na edição de fim-de-semana.
Mas então o que “falhou, o que correu mal com a União Europeia”, questiona o jornal. “O governo alemão pediu aos meus pais para fazerem enormes sacrifícios. Porquê? Para os seus filhos. E eles fizeram esses enormes sacrifícios porque o seu leitmotiv era esse: fazer o melhor para os seus filhos”, acontece que, acrescenta, “o que estamos a pedir hoje aos pais são sacrifícios enormes não para os filhos mas para os bancos”.
“Esta é a grande diferença”, reforça Schulz, defendendo que “temos de mudar o curso da União Europeia e colocá-la na direcção da promessa de que os sacrifícios e os compromissos e os investimentos e o desenvolvimento não são a favor de um sistema económico que é para salvar bancos mas sim para salvar o futuro das próximas gerações”.
Isto é o que Martin Schulz dia querer fazer na Europa.
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