A dívida pública é "insustentável" e é "inevitável" um perdão parcial
A “dívida pública, na ordem dos 130% do PIB, terá de ser reduzida devido à sua insustentabilidade” e um perdão parcial, na ordem dos 50%, "representaria uma poupança de 0,5% do PIB em juros”, afirmou o director da Nova School of Business and Economics, José Ferreira Machado, em entrevista ao Público.
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Economia José Ferreira Machado
Para o director da Nova School of Business and Economics, José Ferreira Machado, a dívida pública portuguesa não é sustentável e “terá de ser renegociada a determinada altura”.
Entrevistado pelo jornal Público, o economista afirmou que “um perdão parcial, da ordem dos 50%, por parte dos credores oficiais europeus, representaria uma poupança de 0,5% do PIB em juros”, pelo que uma negociação deste tipo é “inevitável”.
Contudo, garante o responsável, o possível perdão por parte da troika teria um impacto nos países da Europa, nomeadamente na Alemanha, e seria necessário “salvaguardar as aparências”.
José Ferreira Machado acredita que nem toda a Europa precisa de austeridade, ao contrário do que se pensa, e os “países deficitários têm de reduzir custos (…), mas os países têm de ajudar e inflacionar um pouco as suas economias”.
“A consolidação orçamental devia ter sido mais espraiada no tempo” e um pedido para a redução da meta do défice “destrói muito a credibilidade do próprio programa de ajustamento”, acrescenta.
O director da anteriormente designada Escola de Economia da Universidade Nova de Lisboa afasta a ideia de um segundo resgate, por acreditar que é Portugal está mais perto de um programa cautelar, que dará a Portugal “mais capacidade para decidir”, mas dará o mesmo trabalho ao País.
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