POUPANÇA NO MINUTO
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"Há uma grande quantidade de dinheiro a passar atrás das cortinas"
Em declarações ao jornal a Marca, os responsáveis do Football Leaks voltam a defender a existência de falta de transparência no futebol.
© Reprodução
Desporto Football Leaks
O site Football Leaks tem dado nas vistas pela divulgação de vários documentos sensíveis relativamente à vida interna nos clubes.
Em declarações ao jornal a Marca, os responsáveis do site defende que existe muito dinheiro a circular por trás dos olhos dos adeptos de futebol e defendem mesmo que as Ligas portuguesa e espanhola são das menos transparentes da Europa.
O site defende ainda a existência de demasiados tabus por parte dos clubes, defendendo que aspetos básicos da sua vida devem ser tornados públicos. O site diz ainda que terá recebido uma oferta volumosa para ceder todos os seus dados.
“Há uma grande quantidade de dinheiro a passar atrás das cortinas e nem a FIFA tem a mínima do que está a acontecer. Felizmente, a publicação dos nossos documentos estão a ter um forte impacto em todo o mundo e as pessoas estão a começar a falar destes temas. Esperemos que seja o início de uma nova era de transparência no futebol”, começou por dizer.
“Na nossa opinião, o futebol precisa de mais transparência e de uma regulação clara. Os clubes não têm respeito pelos adeptos, tudo é tabu: os salários dos jogadores, os contratos de transferências, as cláusulas secretas, os intermediários…”, continuam.
“Portugal e Espanha têm, de longe, os campeonatos menos transparentes das grandes ligas europeias. A integridade da competição pode ficar comprometida quando fundos de inversão como a Doyen Sports se aproveitam de clubes com problemas de liquidez e impõem cláusulas abusivas. Para nós, tudo não passa de tacanhez”, acrescenta-se.
“A ingerência desses fundos na política de contratações dos clubes, juntamente com uma má gestão e um presidente irresponsável, pode destruir um clube. (…) Os fundos têm interesse em que as transferências se realizem o quanto antes para recuperarem o investimento, causando assim danos na estabilidade contratual entre os clubes e os jogadores”, insisti-se.
“No início de dezembro recebemos alguns emails muito estranhos. Alguém queria comprar-nos todos os nossos documentos e ofereceram-nos cerca de 650 mil euros, propondo-nos ainda uma associação para futuros projetos. Tudo pareceu muito estranho, pelo que recusámos a oferta”, concluiu-se.
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