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ZêzereArts leva música lírica a monumentos de Santarém e Leiria

O Festival ZêzereArts, que decorre a partir de quarta-feira até 1 de agosto, surge, nesta quinta edição, num modelo "ligeiramente diferente", com menos ópera e mais concertos de canto e de orquestra e em mais espaços da região.

ZêzereArts leva música lírica a monumentos de Santarém e Leiria
Notícias ao Minuto

17:57 - 21/07/15 por Lusa

Cultura Festival

O festival, que vai decorrer em cinco concelhos dos distritos de Santarém (Ferreira do Zêzere, Tomar e Vila Nova da Barquinha) e de Leiria (Alcobaça e Batalha), começa na quarta-feira ao final da tarde na igreja templária de Dornes, em Ferreira do Zêzere, com um concerto coral de "Música Sagrada de Monteverdi a Mozart".

O mesmo concerto será apresentado na quinta-feira à tarde no mosteiro de Alcobaça, na sexta-feira à noite no Castelo de Almourol, em Vila Nova da Barquinha, e no sábado à noite na Charola e no Claustro D. João III, no Convento de Cristo, em Tomar.

A ópera, que está na génese no festival, estará presente com ‘A Querela dos Grilos’, de Fátima Fonte e libreto de Tiago Schwäbl, e ‘Semana Profana’, de Fernando Lapa com texto de Regina Guimarães e atuação de António Durães, com participação da Orquestra Contratempus, num espetáculo agendado para quinta-feira à noite para o cineteatro Ivone Silva, em Ferreira do Zêzere (o único com a entrada a custar 10 euros).

A Charola do Convento de Cristo receberá um recital de guitarra com Yuri Marqueze no domingo à tarde, estando marcados recitais de música para cordas e piano para os dias 30 de julho, no cineteatro Paraíso, em Tomar (16:00), e 01 de agosto, na Biblioteca Municipal António Baião, em Ferreira do Zêzere (14:30), com a participação de estudantes e solistas que participam nas masterclasses do festival.

No dia 31 de julho, no Mosteiro da Batalha à tarde e no Convento de Cristo (no Claustro D. João III) à noite, haverá música do Romantismo e Modernismo para Orquestra de Cordas, a que se associarão, no dia 01 de agosto à noite, a soprano Natasa Sibalic e a mezzo soprano Juliana Mauger para um concerto no Centro Cultural de Ferreira do Zêzere (este com um custo de cinco euros).

Sandra Costa, da organização do festival, disse à Lusa que o ZêzereArts, Festival de Ópera e Canto Lírico, espera voltar à produção operática em próximas edições, realçando os custos "elevadíssimos" associados a um espetáculo de ópera, nomeadamente pelos cenários, imprescindíveis num festival que se quer afirmar pela sua qualidade.

O festival, que inclui uma importante componente formativa, "tem vindo a crescer", não só em número de participantes (este ano cerca de uma centena), mas também em espaços de atuação.

"Fazendo o Convento de Cristo parte da Rota dos Mosteiros Portugueses e estando inserido numa dinâmica cultural que envolve Alcobaça e a Batalha, fazia todo o sentido levar o festival até esses espaços e também ao castelo do Almourol", disse, sublinhando a intenção de incluir futuramente outras cidades do Médio Tejo.

A ligação a Ferreira do Zêzere, concelho onde o festival nasceu em 2011 por iniciativa do músico e maestro irlandês Brian MacKay (ali a residir desde 2009), vai manter-se, até pelo apoio da autarquia, mas, para Sandra Costa, faz todo o sentido que ele aproveite os espaços da região e que aconteça em monumentos, os "sítios certos" para o tipo de música que é oferecida numa zona do país onde as pessoas "não estão muito habituadas" a este género de oferta cultural.

A forte adesão de participantes, sobretudo oriundos de países como a Irlanda, o Reino Unido e a França, explica-se por o festival permitir aos alunos serem confrontados com o público e em "palcos pouco comuns", disse a responsável, realçando a elevada taxa de inscritos "reincidentes".

Esses alunos, que ficam em regime intensivo de aulas ao longo das duas semanas do festival, integrarão as exibições agendadas para a segunda semana.

A maior parte dos participantes ficam instalados no Convento de Cristo, no recém-inaugurado albergue de Tancos e na residência artística de Vila Nova da Barquinha, uma ajuda importante para um festival que vive dos apoios logísticos de várias instituições e do valor de inscrição no curso.

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