Gondomar vai criar parque urbano em Rio Tinto para "compensar" população
A câmara de Gondomar quer criar um parque urbano na localidade de Rio Tinto, freguesia deste concelho do distrito do Porto, um projeto que poderá custar cerca de quatro milhões de euros com recurso a fundos europeus.
© Lusa
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Em declarações à agência Lusa, à margem da sessão de encerramento da iniciativa "Rio Tinto: passado, presente, futuro" organizada pela Universidade Fernando Pessoa (UFP), o presidente da autarquia de Gondomar, Marco Martins, avançou que quer ver o projeto no terreno em 2016.
Já durante a sessão, o autarca explicou que a ideia passa por "compensar" uma população que "sofreu" com a poluição do rio Tinto: "Temos de criar uma compensação para a comunidade", disse.
Este novo parque urbano está a ser desenhado e deverá abranger cerca de um hectare e meio de terreno perto das instalações da junta de freguesia de Rio Tinto, da igreja, do local que acolhe a feira e de equipamentos comerciais.
Atualmente o terreno está "a monte", indicou Marco Martins, que especificou tratar-se de uma zona onde o leito do rio foi desviado entre 1996/97 por "motivações urbanísticas" e para acolher a linha de metro.
Marco Martins indicou que não é viável retirar os tubos que abrangem o rio Tinto naquele local, mas o projeto de parque urbano abrange um afluente, a Ribeira da Casquinha, que ficará a céu aberto
Sobre a despoluição do rio Tinto, o autarca destacou que Gondomar "está a trabalhar com o Porto" para ligar com um equipamento específico a estação de tratamento de águas residuais (ETAR) do Meiral, em Gondomar, à ETAR do Freixo, no Porto.
"Para que mesmo o esgoto tratado que habitualmente é descarregado no rio Tinto quando há menor caudal, seja levado até à zona do Freixo, já perto do [rio] Douro e não se note o despejo, nem se afete a zona de Campanhã, nem o Parque Oriental do Porto", descreveu o autarca.
Esta empreitada poderá custar cerca de 1,2 milhões de euros, devendo resultar de um "esforço repartido", disse Marco Martins, entre ambas as câmaras do distrito do Porto, a Agência Portuguesa do Ambiente e as concessionárias de águas locais.
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