Tribunal processa defesa do Real Madrid por partilha de vídeos sexuais

O futebolista espanhol Raúl Asencio, do Real Madrid, e três outros ex-colegas, foram processados formalmente por um tribunal de instrução por gravarem imagens sexuais de duas mulheres, uma delas menor, e distribuí-las sem o seu consentimento.

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Lusa
14/05/2025 21:54 ‧ há 5 horas por Lusa

Desporto

Espanha

De acordo com um relatório emitido hoje pelo Tribunal Superior das Canárias (TSJC), o juiz que supervisiona o caso emitiu uma ordem que encerra a investigação e formaliza o processo criminal contra os quatro suspeitos, que são o defesa 'merengue', Andrés Garcia, Ferrán Ruiz e Juan Rodríguez.

 

Isto abre caminho para que o Ministério Público e os procuradores privados apresentem acusações e solicitem a abertura de um julgamento.

O juiz de instrução encontrou provas dos seguintes crimes: descoberta de segredos sem consentimento e violação da privacidade, distribuição e envio de vídeos a terceiros sem aviso ou consentimento das vítimas, e recrutamento ou utilização de menores para fins pornográficos e posse de pornografia infantil.

O TSJC anunciou a decisão num breve comunicado que não mencionou os nomes dos jogadores, mas especificou que afeta os quatro envolvidos na investigação, ou seja, Raúl Asencio, Andrés García, Ferrán Ruiz e Juan Rodríguez, estes três últimos já fora do Real Madrid.

Também não foram especificados quais os atos imputados a cada um deles, nem a decisão judicial foi tornada pública, por conter informações íntimas de uma menor.

O incidente terá ocorrido a 15 de junho de 2023, num hotel nas Ilhas Canárias, quando os quatro jogadores de futebol se encontraram com as duas queixosas, que tinham 16 e 18 anos na altura.

De acordo com a queixa apresentada na altura pela mãe da menor, esta manteve relações sexuais consentidas com os jogadores de futebol, embora não lhes tenha dado permissão para que a gravassem, muito menos para que depois partilhassem o vídeo nas redes sociais, como mais tarde descobriram que teria acontecido.

A segunda jovem, maior de idade, denunciou a divulgação de um vídeo com conteúdo sexual que terá sido gravado por um dos suspeitos enquanto mantinham relações sexuais consentidas, sendo que a gravação e a posterior divulgação das imagens também não tenham sido consensuais.

No entanto, na última decisão tornada pública sobre o assunto --- uma decisão do Tribunal de Las Palmas que recusou excluir Asencio do caso --- a defesa do único dos quatro jogadores que ainda joga no Real Madrid argumentou que o seu cliente não participou nas gravações e que o vídeo que é acusado de partilhar não foi incluído no caso.

Após o anúncio desta acusação, o advogado de Asencio, Juan Gonzalo Ospina, não quis fazer comentários à agência de notícias espanhola EFE, embora fontes próximas do caso tenham confirmado que serão apresentados todos os recursos apropriados contra esta decisão judicial.

A própria decisão especifica que tanto a defesa como a acusação podem interpor recurso de reponderação, isto é, podem pedir ao mesmo juiz que proferiu a sentença que reconsidere a sua decisão.

Leia Também: O golo sofrido pelo Real Madrid que deixou Barcelona à espreita do título

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