Os países em desenvolvimento são o destino de 80% do lixo electrónico produzido nas nações ricas. No entanto, os estados mais pobres não têm as condições adequadas para receberem essa quantidade de resíduos.
De acordo com as conclusões do relatório ‘O Impacto Global do Lixo Electrónico: a Lidar com o Desafio’ da OIT, a maior parte da ‘exportação’ do lixo electrónico para os países em desenvolvimento é feito de forma ilegal. Os detritos acabam por ir parar a locais de reciclagem, sem as devidas condições para aparelhos eléctricos, em sítios como a China, Índia, Gana e Nigéria.
O relatório chama também a atenção para o facto de as nações mais pobres estarem a herdar um problema, sem ter a tecnologia para lidar com ele. Além disso, estes estados estão, eles próprios, a gerar cada vez maiores quantidades deste tipo de lixo, em parte graças ao 'boom' dos gadgets.
Por ano, são produzidas cerca de 40 mil milhões de toneladas de lixo electrónico. De sublinhar que o ‘tratamento’ destes resíduos acarreta riscos para a saúde, devido à presença de materiais tóxicos.