O primeiro trimestre do ano civil corresponde ao terceiro do exercício do conglomerado.
Desde há vários trimestres que os analistas de Wall Street acompanham com atenção estes grupos da IA, para saber se são capazes de manter o ritmo frenético que exibem desde o final de 2022.
Escrutinam em particular a monetarização da IA generativa, objeto de investimentos no montante de dezenas de milhares de milhões de dólares nos últimos anos por parte deste grupo, baseado em Redmond, no Estado de Washington.
Ora, nos três primeiros meses de 2025, a Microsoft conheceu um crescimento das receitas na 'nuvem' - o conjunto de infraestruturas e serviços que permitem a utilização à distância de programas informáticos e bases de dados, desde logo para a IA - menos forte do que no trimestre anterior, de 20% comparado com 21%.
Tendência contrária verificou-se no segmento de servidores e serviços da 'nuvem', com a taxa de crescimento do primeiro trimestre de 2025 (22%) a superar a do último de 2024 (21%).
"Para um trimestre assombrado pela vigilância sobre as despesas de IA e os receios quanto às taxas alfandegárias, foi claramente um sucesso, mesmo que não se trate de um fogo de artificio", comentou Jeremy Goldman, da Emarketer.
Já a faturação total mostrou uma subida homóloga de 13%, para 70,1 mil milhões de dólares, acima dos 68,4 mil milhões esperados pelos analistas.
A diretora financeira do grupo, Amy Hood, citada no comunicado dos resultados, considerou que os desempenhos da 'nuvem' testemunham "uma procura continua pela nossa oferta diferenciada".
Neste sentido, Goldman reforçou: a Microsoft "continua a beneficiar das suas infraestruturas IA para conseguir um crescimento lucrativo".
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