A National Society for the Prevention of Cruelty to Children (NSPCC), uma organização de caridade do Reino Unido com foco na proteção de crianças, acusou publicamente a Apple de não reportar todas as situações em que deteta fotos e vídeos de abuso sexual de crianças nas respetivas plataformas.
Diz a instituição britânica que, no ano passado, a Apple divulgou apenas 267 casos em detetou este tipo de material, muito menos do que os 1,47 milhões de casos reportados pela Google ou que os 30,6 milhões de casos divulgados pela Meta (Facebook e Instagram). Este número da Apple também fica muito abaixo dos casos reportados pelo TikTok, pelo X, pelo Snapchat, pela Xbox e também pela PlayStation.
“Há uma discrepância preocupante entre o número de crimes de imagem de abuso infantil no Reino Unido que ocorrem nos serviços da Apple e o número quase insignificante de denúncias globais de conteúdo de abuso que eles fazem às autoridades”, afirmou um dos responsáveis da NSPCC, Richard Collard. “A Apple está claramente atrás de muitos dos seus pares no combate ao abuso sexual infantil”.
Em resposta a estas declarações, a Apple adiantou ao The Guardian que, ao invés de analisar os dados pessoais dos utilizadores, opta por uma estratégia diferente que “dá prioridade à segurança e privacidade”, no desenvolvimento dos seus produtos e serviços.
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