Satélite em órbita há décadas deverá cair na Terra esta quarta-feira
Quando chegar a uma altitude de cerca de 80 quilómetros da atmosfera, o processo de fragmentação terá início.
![Satélite em órbita há décadas deverá cair na Terra esta quarta-feira](https://media-manager.noticiasaominuto.com/960/naom_65d5ce1f1fceb.jpg)
© Agência Espacial Europeia (ESA)
![Notícias ao Minuto](https://cdn.noticiasaominuto.com/img/equipa/pessoa/naom.png)
Tech Espaço
O satélite ERS-2 deverá reentrar na atmosfera terrestre esta quarta-feira, ao fim de quase 29 anos em órbita. Segundo as mais recentes previsões da Agência Espacial Europeia (ESA), o fenómeno deverá acontecer pelas 15h49 desta tarde (hora em Lisboa). Contudo, “é impossível saber exatamente onde e quando”.
“Como a reentrada da nave espacial é ‘natural’, sem a possibilidade de realizar manobras, é impossível saber exatamente onde e quando reentrará na atmosfera e começará a arder”, adiantou a ESA, na página dedicada a atualizações da descida do objeto em tempo real.
De acordo com a entidade, “a grande maioria do satélite arderá, e quaisquer pedaços que restem ficarão espalhados de forma um tanto ou quanto aleatória numa trilha terrestre com, em média, centenas de quilómetros de comprimento e algumas dezenas de quilómetros de largura”, pelo que “os riscos associados são muito, muito baixos”.
A incerteza da reentrada deve-se, no entanto, “à dificuldade de prever a densidade do ar através do qual o satélite está a passar”.
O objeto tem descido mais de 10 quilómetros por dia, estando a sua velocidade a aumentar gradualmente. Quando chegar a uma altitude de cerca de 80 quilómetros da atmosfera, o processo de fragmentação terá início.
Alguns destroços poderão chegar à Terra, mas a maioria deverá cair no oceano. Nenhum dos fragmentos contém substâncias tóxicas ou radioativas, segundo assegurou a ESA.
Recorde-se que o ERS-2 foi lançado no dia 21 de abril de 1995 sendo, na época, a nave espacial mais sofisticada da Europa.
“Com o quase idêntico ERS-1, recolheu dados valiosos sobre as superfícies terrestres, oceanos e calotas polares da Terra, e foi chamado a monitorizar desastres naturais, como inundações graves ou terramotos em partes remotas do mundo”, apontou o organismo.
Os dados ERS-2 ainda são utilizados atualmente, continuando acessíveis através do Programa Espacial Heritage da ESA.
Leia Também: Astronauta mostra como é ver uma tempestade a partir do Espaço
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com