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Rochas lunares podem estar na origem de anomalias magnéticas

Uma equipa de investigadores descobriu rochas anómalas na superfície lunar, cobertas de poeira com propriedades reflexivas únicas, que poderão estar na origem de anomalias magnéticas.

Rochas lunares podem estar na origem de anomalias magnéticas
Notícias ao Minuto

18:04 - 19/01/24 por Lusa

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A descoberta da equipa liderada por Ottaviano Rüsch, de Universidade de Münster, na Alemanha, é importante porque até agora foram encontradas na Lua muito poucas rochas com uma camada de poeira com capacidade refletoras tão especiais, noticia hoje a agência privada espanhola Europa Press.

A poeira das rochas recém-descobertas reflete a luz solar de forma diferente que a das rochas já conhecidas, concluiu o estudo, publicado no "Journal of Geophysical Research-Planets".

Segundo um artigo divulgado no 'site' Earth.com, a revelação é importante para a compreensão da formação e das mudanças da crosta lunar.

A existência de anomalias magnéticas na região Reiner Gamma da Lua era conhecida, mas nunca se tinha investigado se as rochas poderiam ser magnéticas.

"O conhecimento atual sobre as propriedades magnéticas da Lua é muito limitado, por isso estas novas rochas irão lançar luz sobre a história da Lua e do seu núcleo magnético", explicou Ottaviano Rüsch num comunicado.

"Pela primeira vez investigámos as interações da poeira com rochas na região Reiner Gamma, mais precisamente as variações nas propriedades reflexivas dessas rochas. Por exemplo, podemos deduzir até que ponto e em que direção a luz solar é refletida por essas grandes rochas".

As imagens analisadas foram conseguidas pela nave Lunar Reconnaissance Orbiter da NASA, que orbita a Luna.

Utilizando inteligência artificial, a equipa procurou rochas fraturadas em aproximadamente um milhão de imagens. O algoritmo de busca identificou cerca de 130.000 rochas com interesse, metade das quais foram analisadas pelos cientistas.

"Identificámos uma rocha com áreas escuras diferentes. Esta rocha era muito diferente de todas as outras, pois dispersava menos luz em direção ao sol. Suspeitamos que isso se deve à estrutura específica da poeira, como a densidade e o tamanho do grão da poeira", explicou Rüsch.

"Normalmente, a poeira lunar é muito porosa e reflete muita luz na direção da iluminação. Porém, quando o pó é mais compacto, o brilho geral normalmente aumenta. Este não é o caso das rochas cobertas de poeira observadas", observou Marcel Hess, da Universidade Técnica de Dortmund.

De acordo com o artigo do Earth.com, a equipa continua a investigar as propriedades da poeira e a sua interação com as rochas, devendo os próximos estudos explorar processos como a elevação eletrostática da poeira e a influência recíproca entre o vento solar e os campos magnéticos locais.

Segundo o 'site', a NASA planeia instalar um veículo explorador automático na região Reiner Gamma nos próximos anos para procurar rochas semelhantes.

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