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Fabricantes chineses de baterias investem para fornecer Europa

As empresas chinesas estão a evitar investimentos na Europa e Estados Unidos, devido a tensões geopolíticas e esperas longas por licenças, alertou hoje um dos maiores produtores mundiais de materiais para baterias, após anunciar um investimento bilionário em Marrocos.

Fabricantes chineses de baterias investem para fornecer Europa
Notícias ao Minuto

12:21 - 28/09/23 por Lusa

Tech Investimento

A CNGR Advanced Material da China anunciou na semana passada que vai construir em Marrocos uma fábrica de materiais catódicos, utilizados em baterias de lítio para armazenamento de energia, visando abastecer os mercados de baterias da Europa e Estados Unidos, à medida que o país do norte de África beneficia das crescentes fricções comerciais entre a China e o Ocidente.

A fábrica, na qual a CNGR investirá em conjunto com a Al Mada, um conglomerado propriedade da família real marroquina, vai gerar material suficiente para um milhão de veículos elétricos por ano.

O investimento ascende a 2 mil milhões de dólares.

Citado pelo jornal britânico Financial Times, Thorsten Lahrs, diretor executivo da CNGR Europe, disse que Marrocos está no "ponto ideal" para os produtores chineses que desejam fornecer os mercados europeu e norte-americano.

As fábricas podem ser construídas mais rapidamente em Marrocos do que nos mercados-alvo, que têm processos de licenciamento demorados, e fornecer no futuro outros mercados, caso a Europa ou os EUA introduzam novas políticas protecionistas, explicou.

"Ser chinês significa ser flexível", disse Lahrs. "Leva muito mais tempo a pôr algo a funcionar na Europa", descreveu.

No domingo, também a sul-coreana LG Chem e a chinesa Huayou Cobalt anunciaram que vão construir uma refinaria de lítio e uma fábrica de materiais catódicos no país.

Marrocos beneficia de um acordo de comércio livre com os EUA e as suas matérias-primas contam para as metas de abastecimento exigidas para que os veículos elétricos vendidos nos Estados Unidos recebam subsídios de até 7.500 dólares, ao abrigo da Lei de Redução da Inflação.

O país, que também tem relações comerciais sólidas com a Europa, possui 70% das reservas mundiais de fosfato, uma matéria chave nas baterias mais baratas e de menor alcance, nas quais a China domina a produção global.

As empresas chinesas do setor dos veículos elétricos enfrentam crescentes dificuldades nos mercados europeu e norte-americano.

A presidente da Comissão Europeia criticou esta semana a concorrência de "atores estrangeiros fortemente subsidiados" na União Europeia (UE), numa alusão aos carros elétricos chineses vendidos mais baratos que os europeus, prometendo acabar com "práticas desleais".

"Os mercados mundiais estão inundados por carros elétricos chineses baratos e o seu preço é mantido artificialmente baixo graças a enormes subsídios estatais", descreveu Ursula von der Leyen.

Nos EUA, o Congresso está a examinar a proposta da Ford para licenciar tecnologia do maior produtor de baterias do mundo, a chinesa CATL, para uma fábrica no Michigan.

Fundada em 2014, a CNGR, cotada em Shenzhen, é o maior fornecedor mundial de cátodos à base de níquel com uma quota de mercado global de 23%. Entre os seus clientes constam a Tesla, CATL e LG Chem.

Leia Também: FCT e PlanAPP lançam concurso para apoiar estudos em políticas públicas

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