"Todas as plataformas 'OTT' (plataformas que distribuem conteúdos de media através da internet), plataformas de meios de transmissão em fluxo contínuo e intermediários que operam na Índia são aconselhados a interromper, com efeito imediato, a transmissão de séries web, filmes, canções, podcasts e outros conteúdos em fluxo contínuo, quer estejam disponíveis ao abrigo de um modelo de subscrição ou de outro modo, originários do Paquistão", refere um aviso oficial.
O aviso emitido cita a "segurança nacional" como a principal razão para esta ação.
Esta medida aplica-se a todas as formas de conteúdos em fluxo contínuo, independentemente de serem disponibilizados através de um modelo de assinatura ou por qualquer outro meio de comunicação.
A Índia já tinha proibido a 28 de abril 15 canais paquistaneses, acusados de difundir "provocações" na sequência de um atentado, a 22 de abril, em Pahalgam, uma cidade turística na parte indiana da região disputada de Caxemira, no qual morreram 26 pessoas.
A Índia acusa o Paquistão de apoiar o grupo armado que levou a cabo o ataque, acusação que Islamabad nega.
Logo após o atentado, os dois países decidiram rapidamente fechar os respetivos espaços aéreos e trocaram tiros na linha de Caxemira que faz fronteira entre os dois Estados.
A Índia e o Paquistão estão à beira de uma nova crise militar depois de Nova Deli ter lançado ataques com mísseis no território paquistanês na quarta-feira, visando o que chamou de campos de treino terroristas.
O Paquistão, por sua vez, ameaçou na quarta-feira que iria vingar os mortos dos ataques aéreos indianos.
"Estamos empenhados em vingar cada gota de sangue destes mártires", frisou o primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, num discurso à nação na quarta-feira à noite.
A região da Caxemira foi dividida entre a Índia e o Paquistão quando estes se tornaram Estados independentes, em 1947. Mas os dois adversários continuam desde então a reivindicar total soberania sobre a região.
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