EUA sancionam empresa iraniana que ajudou governo no corte de Internet
Os Estados Unidos impuseram hoje sanções contra uma empresa de tecnologia sediada no Irão, pelo seu papel em facilitar o corte de Internet pelo governo iraniano, na sequência dos protestos antigovernamentais que atingem o país desde setembro.

© iStock

Tech Estados Unidos
Esta empresa, conhecida como Arvan Cloud, os seus co-fundadores Pouya Pirhosseinloo e Farhad Fatemi e uma empresa com sede nos Emirados Árabes Unidos, foram todos sancionados por ajudar a facilitar as tentativas do governo iraniano de controlar e censurar o tráfego da Internet, noticiou a agência Associated Press (AP).
Os cortes de Internet foram instituídos depois dos protestos nacionais pela morte de Masha Amini, em setembro, uma mulher curdo-iraniana detida pela polícia da moralidade do país.
O gabinete de controlo de ativos estrangeiros do Tesouro dos EUA sublinhou que a Arvan Cloud forneceu serviços de corte de Internet para o governo, permitindo que as autoridades iranianas controlassem e censurassem o tráfego de entrada e saída e vigiassem os dados nos servidores.
A empresa também bloqueou 'sites' a pedido das autoridades iranianas.
"O acesso livre e irrestrito à informação é um direito fundamental de todos os povos, inclusive no Irão", destacou Brian E. Nelson, subsecretário do Tesouro para terrorismo e inteligência financeira.
O governante garantiu que os EUA "estão comprometidos em responsabilizar aqueles que procuram minar a liberdade de expressão e suprimir protestos".
Entre outras coisas, as sanções negam às pessoas e empresas o acesso a qualquer propriedade ou ativos financeiros mantidos nos EUA e impedem que empresas e cidadãos norte-americanos façam negócios com estes.
Dezenas de milhares de iranianos foram detidos durante os protestos.
Embora muitos tenham sido perdoados ou viram as suas sentenças reduzidas, o sentimento de insatisfação ainda paira sobre o país que luta contra o colapso da sua moeda e enfrenta a incerteza sobre os seus laços com o resto do mundo, sobretudo após o colapso do acordo nuclear de Teerão em 2015 com as potências mundiais.
A exportação de 'drones' de combate do Irão para as forças russas no seguimento da invasão russa da Ucrânia aumentou as tensões.
Leia Também: Jovem britânico condenado a prisão perpétua por planear ataque terrorista
Todas as Notícias. Ao Minuto.
Sétimo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online.
Descarregue a nossa App gratuita.
Comentários
Regras de conduta dos comentários