Portugal a par das "tendências internacionais" na computação em nuvem

Um relatório do Observatório de Cibersegurança hoje divulgado conclui que Portugal, no contexto da computação em nuvem, "está bem integrado nas tendências internacionais", mas é "importante a implementação das recomendações e regulamentações" de outros países.

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Lusa
04/05/2023 21:33 ‧ 04/05/2023 por Lusa

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Observatório de Cibersegurança

"No contexto da computação em nuvem, Portugal está bem integrado nas tendências internacionais, com um conjunto de pequenos operadores secundários, embora sem o conhecimento detalhado dos grandes fornecedores mundiais, sendo importante a implementação das recomendações e regulamentações internacionais", lê-se nas conclusões do relatório 'Tecnologias Emergentes', do Observatório do Centro Nacional de Cibersegurança.

O documento pretende suscitar problemáticas associadas à cibersegurança em tecnologias emergentes, "tendo em conta que o desenvolvimento de novos sistemas e dispositivos nem sempre considera a cibersegurança na sua conceção".

Apresentando "uma visão sobre cinco tecnologias formadoras do presente e futuro tecnológico: a computação na nuvem, a internet das coisas (IoT), a inteligência artificial (IA), a tecnologia móvel 5G e as tecnologias quânticas", o relatório antecipa "o seu expectável impacto futuro" e salienta os aspetos de cibersegurança que devem ser considerados.

O relatório recomenda que sejam "promovidas as melhores práticas de desenvolvimento de software no âmbito da IoT", através de programas dedicados, da criação de comunidades de profissionais de cibersegurança e da implementação de processos de certificação.

Destaca a importância do estrito cumprimento do Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD) no contexto da IA, salientando "a relevância da sua regulamentação para a atribuição de responsabilidades em caso de violação de privacidade e segurança".

Paralelamente, "e dada a opacidade inerente à tecnologia, conclui-se como sendo crucial, no contexto da segurança das organizações, uma abordagem baseada no risco", alerta.

"A integração destas três tecnologias é propiciada pelo 5G, o que mostra a importância da sua permanente disponibilidade: A inclusão de mecanismos de IA e de computação em nuvem permitem automatizar aspetos de operação e otimização daquelas redes, mas acarreta preocupações ao nível da transparência na obtenção e utilização dos dados", adianta.

As conclusões do relatório referem que, "a sustentar, mas também a ameaçar", todas estas tecnologias encontra-se a computação quântica, em que Portugal tem apresentado bons resultados ao nível da inovação.

Todavia, os autores do documento apelam à "urgente análise crítica dos protocolos usados em serviços de autenticação e assinaturas digitais e a necessidade de progressivo uso de redes quânticas para a distribuição de chaves".

Segundo o Observatório, este estudo tem como público-alvo os vários profissionais do setor, mas também todos os interessados em ter uma primeira abordagem a estes temas, acrescentando que a leitura do documento pode ser útil para suportar o desenho de estratégias seguras na adoção das tecnologias em apreço.

O Observatório de Cibersegurança do CNCS publica anualmente vários relatórios, estudos, inquéritos e boletins que procuram partilhar conhecimento sobre o fenómeno da cibersegurança numa perspetiva multidisciplinar, de modo a suportar o desenvolvimento de políticas públicas e promover o saber sobre este tema junto da comunidade.

Leia Também: Microsoft apostará na formação de mulheres e minorias na cibersegurança

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