Ajustes no Twitter podem colidir com novas regras da União Europeia

Os ajustes no Twitter por uma total liberdade de expressão podem colidir com as novas regras da Europa, alertam os especialistas ao reforçar que a rede social terá de cumprir com a Lei dos Serviços Digitais da UE.

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Lusa
15/12/2022 21:32 ‧ 15/12/2022 por Lusa

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A nova Lei dos Serviços Digitais da União Europeia, que conta com um conjunto de regras para tornar as plataformas e os mecanismos de pesquisa mais responsáveis por conteúdo ilegal e prejudicial, incluindo discurso de ódio e desinformação, está a colidir com as novas políticas de Elon Musk no Twitter.

Esta semana a rede social dissolveu o seu Conselho de Confiança e Segurança, um grupo de especialistas independentes que tinha o objetivo de orientar questões de moderação de conteúdo, abordando problemas como o discurso de ódio, ou a exploração infantil e já reduziu para metade a força de trabalho do Twitter.

"Muita coisa pode mudar em seis meses, mas parece que o Twitter está a preparar-se para ser o primeiro grande caso de teste da Europa quando se trata de aplicar a Lei dos Serviços Digitais", disse o gestor de políticas do AlgorithmWatch, John Albert, citado pela agência Associated Press.

Desde que Musk assumiu o Twitter em outubro, registou-se uma elevada redução na força de trabalho da rede social, tendo sido dispensados cerca de 3.700 funcionários, juntando-se agora à lista os responsáveis pela confiança e segurança da plataforma.  

Os membros do conselho receberam um 'correio eletrónico' por parte do Twitter a explicar que se pretende ir buscar novas ideias e perspetivas externas para o trabalho de desenvolvimento de produtos e políticas e que, por isso, o seu trabalho já não era necessário na rede social.

Na semana anterior, três membros do conselho tinham pedido demissão devido à preocupação sobre a sua capacidade de vigiar a rede social em relação a conteúdo nocivo.

Já em novembro o Twitter desmantelou o escritório que tinha em Bruxelas, o que gerou receios entre os funcionários da UE sobre se a rede social iria acolher as novas regras sobre conteúdos 'online'. Na altura, em declarações ao Financial Times, Vera Jourová, vice-presidente da UE responsável pelo código de desinformação, manifestou "preocupação com as notícias do despedimento de uma quantidade tão elevada de funcionários do Twitter na Europa" e sublinhou que, se a rede social quiser "detetar de maneira efetiva e adotar medidas contra a desinformação e propaganda, isso requer recursos".

Leia Também: Twitter deverá perder 32 milhões de pessoas até 2024 com Elon Musk

 

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