Desde as eleições presidenciais dos EUA de 2016 que redes sociais como o Facebook procuram solucionar o problema da desinformação nas suas plataformas. Porém, parece que o combate não está a ser eficaz, verificando-se que este tipo de conteúdo é hoje em dia mais popular do que há quatro anos.
Um estudo levado a cabo pelo German Marshall Fund Digital (GMF Digital) dos EUA revela que as interações no Facebook com sites considerados enganadores aumentaram 242% desde o terceiro trimestre de 2016. Mais ainda, o número de artigos enganadores produzidos aumentou 102%, enquanto o número de artigos manipulados teve um crescimento de 293%.
“A desinformação está a infectar o nosso discurso democrático a níveis que ameaçam a saúde a longo-prazo da nossa democracia. Alguns sites a mascararem-se de portais de notícias estão a espalhar informação ainda mais falso e manipulador do que no período da eleição de 2016”, afirmou em comunicado a diretora do GMF Digital, Karen Kornbluh.
Em reação, o Facebook adiantou que o estudo não levou em conta o progresso que a empresa fez no combate à desinformação desde 2016. A empresa adianta que “construiu a maior rede de verificação de factos em qualquer plataforma” e garante que investiu em “destacar reportagens informativas e originais”.