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Microsoft: "Temos de parar de deixar as pessoas para trás"

O presidente da Microsoft, Brad Smith, disse hoje que é preciso "parar de deixar as pessoas para trás", ao passo que a tecnologia evolui, e que esse avanço tem de respeitar direitos humanos fundamentais, como a privacidade.

Microsoft: "Temos de parar de deixar as pessoas para trás"
Notícias ao Minuto

12:15 - 06/11/19 por Lusa

Tech Web Summit

Brad Smith falava aos presentes na abertura do segundo dia da Web Summit, no Parque das Nações, em Lisboa, com uma intervenção dedicada ao tema "A promessa e o perigo da era digital".

"O mundo está a olhar para nós [empresas tecnológicas] (...) e a perguntar-nos o que é que estamos a tentar fazer", afirmou o presidente da Microsoft, sublinhando ser importante que a evolução tecnológica preserve "valores que são intemporais", como os direitos humanos fundamentais.

"Precisamos de parar de deixar as pessoas para trás", reiterou o líder da 'gigante' tecnológica. "É neste aspeto que a tecnologia é uma grande ferramenta: ajudando as pessoas a evoluir", acrescentou.

Para Brad Smith, as tecnológicas têm de se preocupar com os desafios que têm pela frente nos próximos anos (dando o exemplo do desenvolvimento da Inteligência Artificial e das questões de armazenamento de dados), mas também devem mostrar que estão comprometidas em usar a tecnologia para ajudar a resolver os problemas prementes do mundo.

Enaltecendo as vantagens que o desenvolvimento tecnológico tem trazido às sociedades, Brad Smith considerou, no entanto, que qualquer ferramenta "poderosa" pode ser usada como uma "arma".

Numa alusão ao filme "2001: Uma Odisseia no Espaço", de Stanley Kubrick, lançado em 1968, o presidente da Microsoft defendeu que as pessoas foram educadas para encarar a Inteligência Artificial (IA) como uma ameaça, devido ao seguinte argumento várias vezes repetido: os seres humanos criam as máquinas, ensinam-nas a pensar e elas começam a escravizar os criadores.

"Nós [na Microsoft] estamos focados nas questões éticas inerentes ao avanço da IA", afirmou Brad Smith, defendendo que as máquinas vão de facto "tomar decisões que anteriormente eram tomadas por pessoas".

"É preciso darmos um passo atrás e reconhecer que precisamos de uma abordagem fundamentalmente diferente para tratar os problemas que a tecnologia está a criar à sociedade", disse.

O responsável da Microsoft sublinhou ainda a importância de as tecnológicas trabalharem em cooperação com os governos, nomeadamente na questão da proteção da privacidade, "um direito humano fundamental, numa era em que tudo se tornou digital".

No final da sua intervenção, Brad Smith apresentou a empresa OceanMind, que está a usar uma tecnologia de recolha e armazenamento de dados para combater a "pesca predatória", ou sobrepesca, esperando que, na próxima edição da Web Summit, em 2020, a empresa já consiga usar todos os dados disponíveis a nível mundial sobre embarcações de pesca, partilhando-as com os governos e, assim, fazer frente àquilo que considerou uma ameaça à sustentabilidade do planeta.

Fundada em 2010 por Paddy Cosgrave, Daire Hickey e David Kelly, a Web Summit é considerada um dos maiores eventos de tecnologia, inovação e empreendedorismo do mundo e evoluiu em menos de seis anos de uma equipa de apenas três pessoas para uma empresa com mais de 150 colaboradores.

A cimeira tecnológica, que nasceu em 2010 na Irlanda, passou a realizar-se em Lisboa desde 2016, vai manter-se na capital até 2028, depois de, em novembro do ano passado, ter ficado decidida a permanência da conferência em Portugal por mais 10 anos, após uma candidatura com sucesso.

O evento teve início na segunda-feira e decorre até quinta-feira.

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