“Acho, desde 2011, que a melhor solução para o País era um Governo de salvação nacional, ou de unidade democrática ou de concentração”.
As palavras pertencem ao antigo ministro dos Negócios Estrangeiros do governo de Sócrates, Freitas do Amaral, que, em entrevista à RTP1 fez sobressair que, embora seja “difícil atribuir responsabilidades”, “quem sai mais abalado é o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, que revela ao fim de dois anos de exercício de funções que não tem qualidades de liderança”.
No entender do ex-governante, “Passos Coelho, já antes de ser primeiro-ministro, tinha a intenção de reduzir a importância e o peso que iria dar ao CDS, por isso, não nomeou Paulo Portas vice primeiro-ministro, colocou-o em terceiro lugar na hierarquia do Governo e afirmou publicamente isso com um ar de desconsideração”.
Já sobre o Presidente da República, Cavaco Silva, Freitas do Amaral assinalou: “Sendo um patriota, um bom português e sendo um Presidente que procura fazer sempre o melhor para o País, se as circunstâncias o exigirem”, acabará por precipitar eleições legislativas antecipadas.