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Viagens no Meu Distrito: Cheira a eleições, cheira à vitória de Medina?

A Câmara da capital europeia ‘da moda’ vai a eleições no próximo dia 1 de outubro. O favorito à vitória procura, pela primeira vez, a eleição, depois de o testemunho lhe ter sido passado por António Costa, no já ido ano 2015. Essa será, talvez, a questão central neste município: quem será o principal adversário de Medina? Os restantes candidatos? Ou os próprios lisboetas?

Notícias ao Minuto

08:30 - 08/09/17 por Ana Lemos

Política Autárquicas

Desde a eleição, em 1977, de Aquilino Ribeiro Machado, co-fundador e militante do PS e o primeiro presidente da Câmara de Lisboa a ser democraticamente eleito após a Revolução de Abril, os destinos da principal autarquia do país são ora ‘alaranjados’, ora ‘rosados’. E destes tons até hoje não variaram, com ‘abandonos' precoces pelo caminho a ficarem na história (e de ambos os tons). Se o de António Costa está ainda bem presente, quem ainda se lembra do ‘adeus' a Lisboa de Santana Lopes em 2005? Curiosamente, um (não) candidato tantas vezes anunciado às atuais eleições.

No que era para ser o seu lugar está Teresa Leal Coelho (PSD), que se diz na luta por “Uma Senhora Lisboa”. A concorrer contra si tem uma antiga aliada: Assunção Cristas (CDS), que acena com o lema “A Nossa Lisboa”. Quem se junta a elas, como cabeça de lista, são, pelo partido Nós Cidadãos  Joana Amaral Dias, e Inês Sousa Real, que em nome do PAN promete dar “Voz ao Município”.

Eles, os candidatos ao município com maior número de eleitores (493.415) do país, continuam em maioria. Dos 12 que concorrem à presidência da Câmara, apenas quatro são mulheres. Mas se Fernando Medina (PS) enfrentará pela primeira vez o voto dos ‘alfacinhas’, o mesmo não acontecerá com João Ferreira (CDU), que está nesta corrida pela segunda vez. O candidato ‘sensação’ é, curiosamente, o do Bloco de Esquerda, Ricardo Robles, um nome (e rosto) até há pouco tempo desconhecido para a maioria dos eleitores.

Mas nesta corrida há outras estreias, assim como recandidaturas. Se Amândio Cerdeira Madaleno volta a encabeçar a lista do PTP; o PCTP/MRPP e o PNR mudam de apostas e apresentam os candidatos Luís Júdice e José Pinto Coelho, respetivamente. A coligação SIM - composta pelo Partido Democrático Republicano e pelo partido Juntos pelo Povo - estreia-se com Carlos Teixeira, e o PURP com António Arruda.

São estes os candidatos à cadeira até agora ocupada por Medina - e que tem o apoio do Livre e dos movimentos independentes Cidadãos Por Lisboa e Lisboa é Muita Gente -, mas que foi cedida por Costa, que em 2013 conseguiu uma maioria absoluta com 50,91% dos votos, seguido dos 22,37% alcançados pela candidatura de Fernando Seara (PPD/PSD/CDS). Atrás ficou a CDU, com 9,85%, o Bloco (4,61%) e o PAN (2,29%).

Mas nestes últimos quatro anos, muito mudou. Lisboa tornou-se um polo turístico criador de riqueza e emprego, mas afugentou muitos alfacinhas que não resistiram à invasão de turistas e à consequente subida dos preços, em particular na habitação - tema que promete 'aquecer' a campanha (que arranca oficialmente dia 19 deste mês). Além disso, ao nível político, as Esquerdas uniram-se numa ‘geringonça’ que teima em aguentar-se, e a Direita, que outrora se coligou, está agora a concorrer separada e, ao que parece, disposta a dividir votos... para arriscar não 'reinar'.

Resta saber se os lisboetas das 24 freguesias que integram o concelho vão abdicar da abstenção - que em 2013 superou os 50% - em virtude do exercício do seu direito de voto nas urnas no próximo dia 1 de outubro.

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