PSD/Açores quer explicações sobre dados de alunos menores expostos na net

O PSD/Açores exigiu hoje ao Governo Regional, do PS, explicações sobre a "divulgação indevida" de dados pessoais de alunos menores do arquipélago e que medidas vão ser tomadas para o apuramento de responsabilidades.

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Lusa
21/03/2017 18:22 ‧ 21/03/2017 por Lusa

Política

Angra do Heroísmo

Num requerimento enviado ao parlamento regional, o partido quer saber se o Governo Regional tinha conhecimento da situação antes de a mesma ser divulgada na comunicação social e que iniciativas vai desenvolver "no âmbito da investigação do caso e apuramento de responsabilidades".

A Lusa noticiou hoje que endereços eletrónicos de alunos menores de idade de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, estavam acessíveis na Internet há vários anos, situação confirmada pela Direção Regional da Educação, que negou "má-fé" neste caso.

Na página na Internet da escola básica integrada de Angra do Heroísmo, os endereços eletrónicos de diversos alunos surgiam acompanhados do nome completo, idade, turma e ano de escolaridade, em listagens do Departamento de Matemática do estabelecimento de ensino

Estas listagens, que, entretanto, deixaram de constar na Internet, eram relativas à resolução do "problema do mês", nas quais surgiam, igualmente, as notas que os alunos obtiveram neste ano letivo neste concurso, que visa "incentivar o gosto pela Matemática".

Listas idênticas de anos letivos anteriores estavam também acessíveis na página da escola, mas sem hiperligação.

Para o PSD, é essencial que se tenham "as devidas precauções com a informação pessoal" que as crianças e jovens disponibilizam "on-line".

"Assim, após divulgação pública na Internet dos dados pessoais de 230 mil utentes do Serviço Regional de Saúde, consideramos alarmante que surja outro caso de idêntica gravidade", adianta o PSD.

Citadas numa nota de imprensa, as deputadas Maria João Carreiro e Mónica Seidi salientam ser "especialmente grave o facto dos endereços de correio eletrónico destas crianças estarem à vista de todos", referindo que "para abrir conta na maioria das redes pessoais o registo é feito com o endereço de correio eletrónico".

"Tendo acesso a dezenas de endereços é possível a qualquer utilizador mal-intencionado conseguir descobrir o perfil nas redes sociais destas crianças", destacam as parlamentares.

À Lusa, o diretor regional da Educação, José Freire, garantiu ao início da tarde que a tutela estava a envidar esforços para que toda a informação fosse apagada, "quer a que está visível no 'site' da escola, quer aquela que pode ser pesquisada" através do motor de busca Google.

"Isto não devia ter acontecido, mas não houve aqui má-fé, nem intencionalidade de divulgar estes dados, que são pessoais. Nunca ninguém na escola quis colocar em causa a segurança dos alunos", assegurou José Freire, frisando que divulgação não foi "da base de dados geral dos alunos da escola, mas, apenas, os endereços de alunos que participam ou participaram naquele concurso".

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