Os robôs vão roubar-nos o emprego? "Obviamente que este cenário assusta"
Alexandre Quintanilha sugere que a Assembleia da República tem de legislar sobre a problemática do impacto da nova era no emprego. "Teremos de inventar um salário universal?".
© Global Imagens
Política Reflexão
A propósito de uma conferência parlamentar sobre a era digital e robótica, realizada no passado dia 21, Alexandre Quintanilha assina um artigo no site Ação Socialista, em jeito de reflexão sobre o tema.
Concentrando-se no impacto desta nova era sobre o emprego, Quintanilha prevê que "milhões de postos de trabalho continuarão a desaparecer à medida que robôs cada vez mais sofisticados venham a substituir os humanos nas mais variadas áreas (fábricas, transportes e múltiplos serviços)".
Além disso, salienta, "os impactos sobre a nossa privacidade são enormes". "Obviamente que este cenário assusta", confessa o deputado, questionando-se sobre o aumento "incontrolável" do desemprego. "Teremos de inventar um salário universal, como já algumas sociedades debatem? Será que novos empregos podem vir a substituir os antigos?", pergunta, lembrando que, apesar das incógnitas, "alterações semelhantes já aconteceram no passado".
Exemplos disso não foram só o resultado de inovações tecnológicas, mas também o "fim das monarquias absolutas, a liberdade religiosa, o direito de voto das mulheres, os fundamentalismos emergentes, não só religiosos como étnicos e económicos, o nazismo, o estalinismo, o maoismo e o colonialismo".
Marcos históricos que "alteraram de forma indescritível o emprego de centenas de milhões de seres humanos durante a nossa curta e atribulada história. Algumas para melhor outras para pior", sublinha.
Reconhecendo a realidade da mudança, Quintanilha considera que o Parlamento deve legislar neste domínio. De resto, na sua opinião, "ter acesso a instrumentos que lhe permitam aceder ao conhecimento mais atualizado deveria ser um importante desígnio da nossa Assembleia da República a curto prazo".
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