PS dá 'ok' a recandidaturas de autarcas de Barcelos e Fafe
A Comissão Política Nacional do PS avocou hoje os processos autárquicos de duas concelhias do distrito de Braga, aprovando as recandidaturas dos presidentes de câmaras de Barcelos, Miguel Costa Gomes, e de Fafe, Raúl Cunha.
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Segundo a secretária-geral adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, com esta decisão, que teve sete votos contra no caso de Barcelos e seis na questão de Fafe, "foi cumprida a orientação aprovada em congresso nacional, segundo a qual os presidentes de câmaras socialistas em funções, se estiverem em condições políticas de se recandidatarem nas próximas eleições, devem fazê-lo".
No caso destes dois municípios da Federação socialista de Braga, as concelhias de Barcelos e de Fafe pretendiam avançar com outros candidatos, retirando de cena os atuais presidentes de câmara.
"Tentou-se tudo para um acordo com as concelhias. Como não foi possível, estes dois processos tiveram de ser avocados pela Comissão Política Nacional do PS", justificou à agência Lusa um membro da direção nacional deste partido.
Os votos contra a avocação do processo pela Comissão Política Nacional do PS partiram sobretudo da corrente minoritária liderada pelo dirigente Daniel Adrião, que tem como princípio programático base a realização de eleições primárias (abertas a simpatizantes) no processo de escolha dos candidatos do PS a presidências de câmaras.
"Nesta reunião, assistimos a um exercício de centralismo democrático por parte da direção do partido, o que, para nós, é inaceitável", declarou Daniel Adrião à agência Lusa.
Na reunião da Comissão Política Nacional do PS, Daniel Adrião dirigiu-se ao secretário-geral socialista, António Costa, a propósito da questão das eleições primárias neste partido.
"António Costa disse que defende as eleições primárias porque foram as eleições primárias que lhe permitiram ser secretário-geral do PS. Como acredito no meu secretário-geral, gostava de saber quem se opôs para que as eleições primárias não prevalecessem? Que forças tão poderosas se movimentaram e se impuseram à posição do meu secretário-geral?", perguntou Daniel Adrião.
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