Se Sá Carneiro fosse vivo Mário Soares "teria de dividir protagonismo"
Joaquim Jorge elogia-lhe a vida e legado mas deixa uma crítica: “O país parou à volta de Mário Soares".
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Política Joaquim Jorge
Portugal não existiria como é hoje sem Mário Soares”, considera Joaquim Jorge.
Num artigo de opinião enviado ao Notícias ao Minuto, o fundador do Clube de Pensadores destaca aquele que diz ser “o pai da liberdade e da democracia portuguesa”.
“Todavia”, ressalva, “se Sá Carneiro fosse vivo, e não tivesse falecido naquele trágico acidente, Mário Soares ficaria na mesma na História, mas de outra forma e de outro modo. Com certeza teria que dividir com Sá Carneiro o protagonismo”.
Joaquim Jorge tinha 17 anos quando se deu o 25 de Abril, e diz ter aprendido “inúmeras coisas com Mário Soares”, sendo "a mais importante, amar a liberdade. De outro modo, porventura não estaria aqui a escrever estas linhas com maior à-vontade e sem problemas”.
Além disso, refere, "aprendi a ser rebelde, insubmisso e que vale a pena lutar pelas nossas causas e os nossos ideais”.
Mas a característica mais marcante do antigo Chefe de Estado era “a sua vitalidade”, o ser “um ser infatigável”. Mário Soares “nunca se reformou mentalmente. Essa foi a maior lição que me deu” - um “amor e apego à vida” que tornam possível uma “quarta idade”.
Lamentando a “morte física” de uma figura presente para sempre na História de Portugal, Joaquim Jorge pede unidade: “Há gente que o apreciava e há gente que não o suportava. Mas nesta hora de luto deve haver tréguas”.
Mais uma vez, fica a condenação do protagonismo mediático em torno do óbito: “O país parou à volta de Mário Soares. Na mesma altura, faleceu Guilherme Pinto e Daniel Serrão e pouco se falou”, apontou.
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