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Governo de Passos é "campeão da desresponsabilização"

O PS/Açores acusou esta quarta-feira o Governo central de ser o “campeão da desresponsabilização" em relação à região e “aniquilar” Portugal com austeridade, tendo a oposição respondido que o executivo regional tem poderes para contrariar a crise que não usa.

Governo de Passos é "campeão da desresponsabilização"
Notícias ao Minuto

15:50 - 17/04/13 por Lusa

Política PS/Açores

O debate ocorreu no plenário da Assembleia Legislativa dos Açores, na Horta, na sequência de uma declaração política feita pelo deputado do PS Miguel Costa.

“Este Governo tem sido o campeão da desresponsabilização e do abandono das suas competências na região. E um Governo que age assim não tem sentido de Estado”, disse, considerando ainda que “a agenda do empobrecimento de Passos Coelho está em curso e, infelizmente, a ser bem-sucedida”.

O deputado defendeu que, “ao contrário”, o Governo dos Açores escolheu “como principal prioridade a protecção e o fomento da empregabilidade”, pondo em prática uma Agenda Açoriana para a Criação de Emprego e Competitividade Empresarial que em quatro meses tem mais de metade das medidas executadas ou em execução e assim "salvaguardou milhares de postos de trabalho”.

Miguel Costa apelou a seguir à oposição para abandonar as “estratégias partidárias” e apoiar o Governo Regional, apontando ainda que os números do défice e da dívida na região mostram contas equilibradas, não tendo o arquipélago “contribuído” para os problemas orçamentais nacionais.

Na resposta, António Marinho, do PSD, reconheceu que a austeridade nacional “tem sido dura” e tem tido “obviamente” impacto nos Açores.

“Mas o PS não pode estar no estado de negação completa em que se encontra desde Novembro”, quando tomou posse, "não reconhecendo" as dificuldades resultantes das políticas de austeridade a nível nacional, mas também das que têm sido adoptadas pelo Governo regional, afirmou.

Para o PSD, é tempo de PS e Governo dos Açores deixarem a “via das desculpas” e passarem às “soluções”, dizendo que podem contar com os sociais-democratas para encontrar “medidas, “programas” e “situações que “sejam benéficas para o povo açoriano”.

António Marinho sublinhou que o PSD não tem feito “crítica fácil” e tem apresentado propostas, “se calhar mais do que aquelas que o PS apresentou”.

Já Artur Lima, do CDS-PP, considerou que o executivo dos Açores é “um Governo novo precocemente envelhecido”, que já não tem “garra” e “passa a vida a queixar-se da vida, a arranjar desculpas para o seu insucesso”.

“As políticas recessivas estão a ser seguidas nos Açores por autoria do Governo regional”, vincou, acrescentando que há um “desastre” mesmo nas áreas de “única e exclusiva responsabilidade” da região, como a saúde ou a educação. Entre outras coisas, apontou que os Açores têm o maior tempo de espera para cirurgia do país e as piores taxas de insucesso escolar.

Quanto a Aníbal Pires, do PCP, lembrou que a região tem “competências próprias e alargadas” com que poderia "ter construído um modelo de desenvolvimento” que defendesse mais os açorianos da crise nacional e internacional.

Porém, o Governo Regional não tem utilizado essas “competências autonómicas” nem tem feito “tudo o que está ao seu alcance” nessa matéria, considerou, sublinhando que ainda na terça-feira PSD e PS chumbaram uma proposta comunista para aumentar o salário mínimo nas ilhas.

Já Paulo Estêvão, do PPM, considerou “espantoso” que o PS, partido que atirou o país para “a bancarrota”, faça este tipo de declarações.

O vice-presidente do Governo Regional, Sérgio Ávila, sublinhou que os resultados do “caminho” do Governo do PSD/CDS ficaram conhecidos na terça-feira quando o FMI revelou que em 2012 “Portugal teve a quarta pior economia do mundo”.

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