“O SNS é um enorme orgulho nacional e uma das áreas em que nos distinguimos internacionalmente. O nascimento de um bebé que se manteve durante quase quatro meses no corpo de uma mãe em morte cerebral é uma história de sucesso do nosso sistema, um caso muito raro em todo o mundo e, é sobretudo algo que nos emociona”, escreveu Tiago Barbosa Ribeiro na sua página pessoal do Facebook.
E, prosseguiu com os elogios: “A gestação decorreu num corpo sem flutuações cardíacas, sem sono, sem emoções, com relatos da equipa médica e de enfermagem a interagirem com o feto, a falarem, a tocarem na barriga. Nestas condições, o nascimento foi uma conquista extraordinária da nossa medicina”.
“Numa situação contraditória, em que o luto de uma vida foi adiado pela esperança da vida por nascer, eis mais um motivo para a defesa sem reservas da excepcionalidade do nosso Serviço Nacional de Saúde: público, universal, sem cortes”, concluiu na sua publicação.
Recorde-se que a mãe de Lourenço estava em morte cerebral desde fevereiro, mas, mesmo assim, foi mantida viva até esta semana para que o bebé pudesse sobreviver.