"Vejo com boa simpatia quando os partidos da esquerda radical se aconchegam ao arco europeu", disse hoje Eduardo Catroga, na conferência, em Lisboa, que assinala os 30 anos da criação da Agência Lusa.
O ex-ministro das Finanças de Cavaco Silva, e atual presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP, considerou que esse movimento é importante para que na União Europeia (UE) seja possível criar um "consenso político" e, assim, haja "um maior grau de integração política", que permita uma maior "integração económica e fiscal".
Catroga citou o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, para considerar que hoje os "novos conservadores são os partidos socialistas da esquerda radical que não querem mudar nada".
Para Catroga é preciso fazer mudanças nas políticas económicas e de finanças públicas para preservar a estabilidade financeira do Estado, preservar o Estado Social, tendo considerado que "o maior inimigo do Estado Social Europeu é o Estado falido", e aumentar o crescimento económico da Europa.
Eduardo Catroga, que foi também o negociador pelo PSD do memorando de entendimento com a 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia) no programa de assistência financeira a Portugal, em 2011, participa hoje, na conferência da Lusa, num debate com a socialista e eurodeputada Maria João Rodrigues e com a deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua.