Daniel Oliveira foi um dos entrevistados pela rádio Renascença após os resultados presidenciais. O jornalista considera que a vitória de Marcelo Rebelo de Sousa “não foi a vitória esmagadora que se anunciava há um mês” e que a sua campanha “sem posições políticas muito claras” lhe vão “limitar muito o seu espaço de manobra”.
Com uma análise mais focada nos respetivos partidos, o Daniel Oliveira critica o PSD por se “tentar colar à vitória de um candidato a quem chamou ‘cata-vento’” e diz ser “estranho que se hostilize um candidato durante meses, e quando chega o momento de ‘agarrar a taça’, se salte para o pódio com ele para tentar ficar também com a taça”.
É no Partido Socialista que Daniel Oliveira foca as suas atenções, uma vez que os resultados de Maria de Belém, “a maior derrotada da noite”, vão “facilitar a vida” a António Costa, que “matou, de uma vez por todas, a oposição interna dentro do partido”.
“[António Costa] é a partir de hoje o líder incontestado do PS. Os focos de contestação que tinham sobrado dentro do PS morreram nestas eleições, na aventura de lançar uma candidata presidencial que no fim teve 4%” dos votos, explica.
O líder socialista, diz, “fez uma gestão negativa destas presidenciais” no que aos apoios partidários diz respeito, e também “não se mostrou muito preocupado com uma vitória de Marcelo Rebelo de Sousa”.
“Não sei se queria, mas pelo menos parece que [António Costa] queria Marcelo Presidente”, remata.