"A perceção que tenho tido junto das pessoas é bastante favorável. Não sei se essa perceção se transforma em votos efetivos. O que tenho ouvido é que isto está tudo mal, são sempre os mesmos e o que eles querem é poleiro. Dizem vira o disco e toca o mesmo, queremos alguém que venha de outro mundo, alguém que não esteja vinculado à esquerda ou à direita", descreveu Jorge Sequeira.
Assim, o candidato reafirmou ser "a única candidatura verdadeiramente independente" e convidou os portugueses a fazerem uma cruz: "Uma cruz mas que não seja a cruz do vosso calvário, a cruz que tem de se levar às costas".
Jorge Sequeira afirmou que se as pessoas estão "cansadas de histórias e narrativas" é preciso que "do espaço público não partidário" surjam novas ideias porque "com todo o respeito pelos candidatos que representam os partidos" para o professor universitário "a verdade é que se não colocassem ali o António ou o Manuel e pusessem no quadradinho outro qualquer era a mesma a coisa".
"Porque são os partidos. As pessoas vão votar por uma fidelidade canina. Ou votam no PCP ou no BE e os outros também representam fações", disse, mostrando-se orgulhoso por não ter experiência política, uma vez que essa passa no ponto de vista do psicólogo "por um certo conluio, palmadinhas nas costas, uma mão lava a outra, o jeitinho".
"Isso não tenho. Eu não tenho hipocrisia de sobra. Tenho experiência como professor universitário, de empresas e em organizações não-governamentais onde 30 ou 40% do meu trabalho é gratuito. Eu não trabalho porque sou lindo. Eu não trabalho porque tenho um cartão de um partido. Eu trabalho porque tenho competência", afirmou.
Ainda que sem referir nomes e negando mesmo que estivesse a dar exemplos e a criar paralelismos com outros candidatos, Jorge Sequeira disse que "não vai ser nenhum comentador que nunca levanta o pé para chegar lá e fazer" a dizer-lhe o que é experiência política.
Em Espinho, distrito de Aveiro, onde falava na sessão "O conhecimento como agente da mudança" Jorge Sequeira afirmou que quem decidiu quem são os candidatos "não foi o Tribunal Constitucional, mas sim uma elite intelectualóide que não dá contraditório": "Decidiram logo à partida quem é a elite dos candidatos, depois decidiram qual é a divisão que pode ir à Liga Europa e depois há ou outros. Isso não foi decidido pela democracia".
As próximas eleições para eleger o Presidente da República realizam-se a 24 de janeiro de 2016.
Marcelo Rebelo de Sousa, Maria de Belém Roseira, Sampaio da Nóvoa, Edgar Silva, Marisa Matias, Vitorino Silva, conhecido por Tino de Rans, Henrique Neto, Cândido Ferreira, Paulo de Morais e Jorge Sequeira são os candidatos a Belém.
