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Vasco Cordeiro diz que "visão deturpada da autonomia" deve merecer clarificação

O líder do PS/Açores, Vasco Cordeiro, considerou este sábado, no Faial, haver "sinais preocupantes de uma deturpada visão da autonomia", que devem merecer "uma clarificação" a bem da sustentabilidade política, financeira e social deste regime político.

Vasco Cordeiro diz que "visão deturpada da autonomia" deve merecer clarificação
Notícias ao Minuto

16:19 - 26/01/13 por Lusa

Política PS/Açores

"Esses sinais, preocupantes na sua forma e na sua autoria, não podem passar impunes, nem sem uma clarificação por parte do PS/Açores", afirmou Vasco Cordeiro, na sua primeira intervenção no XV congresso regional do PS/Açores, que começou sexta-feira na ilha do Faial.

Para Vasco Cordeiro, a "visão retrógrada e ultrapassada" que considera as autonomias regionais "simples benesse e luxo" leva a que "gradualmente o país se vá divorciando das suas autonomias, olhando para elas com a superficialidade e com o preconceito de quem vê algo distante, exótico e desconhecido".

"Esta perspectiva errada, perigosa e profundamente injusta, conta, infelizmente, com o patrocínio e a aceitação tácita dos mais variados quadrantes políticos e institucionais", referiu Vasco Cordeiro, lembrando que o PS/Açores tem de se manter "na linha da frente da defesa da autonomia, mesmo que implique estar sozinho".

Na apresentação da sua moção de orientação política global, Vasco Cordeiro disse não ser possível aceitar que o Estado "vote ao abandono" os seus serviços e as suas responsabilidades nos Açores, apontando como exemplo a RTP/Açores, a Lei de Finanças Regionais, Tribunais e Serviços de Finanças, bem como a política de ordenamento e gestão do espaço marítimo.

"Ninguém, a começar pelas mais altas instâncias políticas e até institucionais do Estado, se pode eximir à sua responsabilidade, porque ninguém pode ficar impávido perante essa pirataria travestida de lei", sustentou.

O novo líder do PS/Açores considerou, ainda, que a autonomia confronta-se com o "grande desafio" da sustentabilidade política financeira e social, bem como a forma como é afirmada externamente.

Para Vasco Cordeiro, o Partido Socialista "não pode deixar de denunciar e de combater a visão radical, sectária que o PSD/Açores tem da sua função, da autonomia e da construção de uns Açores melhores".

"Não contem com o PS/Açores para esses radicalismos. Mas não esperem que o PS/Açores fique calado perante declarações que são um atentado e um insulto a todos aqueles que, independentemente do partido a que pertenceram ou pertencem, deram e dão o melhor de si, do seu saber e da sua competência para construírem a Autonomia", salientou.

Lembrando a importância do poder local para a autonomia, Cordeiro defendeu o aprofundamento da reflexão e das sinergias entre poderes, por entender que o partido "não pode assistir passivamente à acção premeditada do Governo da República de destruição do Poder Local, enveredando por uma política de concentração de competências e de asfixia financeira".

Considerou que a preparação das eleições autárquicas deve ser feita com "o maior cuidado", para que sejam apresentados "os melhores candidatos e os melhores projectos para que se cumpra o objectivo de conquista da maioria dos municípios e da maioria de freguesias dos Açores".

A moção de orientação política global "Renovação com Confiança por uma Autonomia com Futuro", da responsabilidade do recém-eleito líder do PS/Açores, Vasco Cordeiro, é um documento composto por sete capítulos e que define a estratégia do partido para os próximos dois anos.

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