"Esta maioria que detesta a Constituição, a mesma Constituição que garante a democracia que lhe permitiu tornar-se Governo, é criminosa e cobarde. É criminosa porque destrói o país. É uma mistura explosiva de fanatismo e irresponsabilidade", declarou Catarina Martins.
A líder do Bloco e deputada dedicou uma intervenção política no plenário da Assembleia da República ao relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre os cortes nas funções do Estado que foi divulgado na quarta-feira.
O vice-presidente da bancada do PSD Luís Menezes pediu a palavra para afirmar à mesa da Assembleia da República que "o regimento diz escrupulosamente que a utilização de expressões injuriosas” no Parlamento “deve ser sancionada".
"Eu queria saber se chamar uma maioria de criminosa é ou não uma injúria, é ou não considerado injurioso nesta casa", pediu Menezes à presidente da Assembleia, Assunção Esteves.
Assunção Esteves respondeu que "certas expressões limite têm um tratamento no Parlamento que se resolve na dialéctica entre as bancadas, mais do que em qualquer possível controlo pela mesa", no que foi aplaudida por deputados das bancadas do PS, PCP e BE.
Perante esta "interpretação lata do regime", como lhe chamou o líder da bancada do CDS-PP, Nuno Magalhães, a maioria não fez perguntas a Catarina Martins sobre a sua intervenção.