"O que aconteceu não diz respeito à política"
Separação de poderes: Foi desta forma que Pedro Passos Coelho se escusou a comentar a detenção de José Sócrates. À margem da abertura de uma unidade de cuidados continuados em Avanca, Estarreja, o primeiro-ministro frisou que não é “comentador” e que o “país deve aguardar as decisões da Justiça”.
© Global Imagens
Política Passos Coelho
Era inevitável Pedro Passos Coelho não comentar a detenção de José Sócrates. Contido em opiniões, o primeiro-ministro quis frisar a necessidade de se fazer uma separação de poderes.
“Sabemos que o que aconteceu ontem não foi uma coisa trivial, mas não é uma matéria que diga respeito à política”, diz o chefe do Governo à margem da inauguração de uma unidade de cuidados continuados em Avanca, Estarreja.
Para o primeiro-ministro, cabe ao país aguardar pelas “decisões da Justiça”, embora reconheça que “é um facto que chama à atenção”.
“Não quero comentar essa matéria”, sublinha o governante, afirmando que “não são assuntos sobre os quais devamos ter estados de alma”.
Passos refere ainda que “o país tem instituições fortes e que funcionam”, contudo, descarta a possibilidade da detenção de José Sócrates ter sido resultado da recente reforma feita na Justiça portuguesa.
“Não foi com certeza com as reformas na Justiça. [Não creio que] O que quer que tenha acontecido e envolvido o ex-primeiro-ministro seja consequência dessa reforma”, explica.
“Como primeiro-ministro, compete-me assegurar que todas as instituições funcionam nos termos em que devem funcionar”, atira.
Aos jornalistas, Passos disse que “seria muito mau que os poderes públicos e políticos fizessem comentários sobre o sistema judicial. Não devemos comentar as decisões da Justiça sobre casos que ainda decorrem e são particulares”.
No final da declaração, Pedro Passos Coelho fez questão de “vincar” que “em Portugal as instituições funcionam e funcionam com respeito pelos poderes”.
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