A casa do candidato da Aliança Democrática (AD) à Junta de Freguesia de Custóias, em Matosinhos, no distrito do Porto, foi atingida a tiro, na segunda-feira, tendo o caso sido participado à PSP, denunciou a AD/Matosinhos.
Em comunicado, a AD/Matosinhos [coligação PSD/CDS-PP] explicou que a casa de Vasco Costa foi atingida por um disparo de arma de fogo por volta das 09h00, tendo o projétil perfurado a janela de vidros duplos da sala de jantar.
Aquando do disparo, o candidato da AD estava em casa e foi surpreendido por um "forte estrondo" não tendo, contudo, sofrido danos pessoais, adiantou.
A PSP esteve no local tendo, posteriormente, a Polícia Judiciária (PJ) tomado conta da ocorrência, frisou a coligação. "Não tendo a certeza da correlação dos factos - ser candidato e o tiro -, foi chamada a PSP ao local e apresentada uma denúncia contra desconhecidos", disse Vasco Costa, citado no comunicado que vem acompanhado de fotografias do vidro partido.
A AD salientou ainda que, nos últimos dias, vários candidatos das suas listas em Matosinhos têm sido alvo de coação e intimidação.
PS condena tiros, mas lamenta aproveitamento
O PS/Matosinhos manifestou solidariedade com o candidato da Aliança Democrática (AD) à Junta de Freguesia de Custóias. "Manifestamos a nossa profunda solidariedade pessoal e política com os visados pelo episódio, fazendo votos que este seja rapidamente esclarecido, estando ao dispor no que pudermos ajudar neste momento", refere a direção de campanha do PS, cuja candidatura é encabeçada pela atual presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro.
Perante o sucedido, e rejeitando de "forma firme e inequívoca" qualquer forma de violência, intimidação ou coação no plano pessoal ou político, a direção de campanha do PS/Matosinhos lamentou, contudo, o aproveitamento político que a AD procura estabelecer entre este episódio e o processo eleitoral.
"Reiteramos a nossa total solidariedade pessoal e política, esperando que este episódio seja rapidamente esclarecido, evitando qualquer aproveitamento que em nada dignifica a democracia", reforçou. Segundo o PS/Matosinhos, o concelho merece uma campanha feita de propostas, trabalho e compromisso com as pessoas.
"Em nada dignifica" a democracia, afirma Chega
O Chega/Matosinhos manifestou também total solidariedade para com o candidato da Aliança Democrática (AD) à Junta de Freguesia de Custóias.
Em comunicado, a direção de campanha do Chega, cuja candidatura à Câmara de Matosinhos é encabeçada pelo ex-socialista e vereador independente António Parada, esta situação merece a "mais firme condenação". "O Chega sabe, infelizmente, o que é ser vítima deste tipo de ataques, recordando episódios como a sede incendiada e os 'outdoors' vandalizados em Matosinhos", sublinhou.
Para o Chega, estes acontecimentos em nada dignificam a democracia e apenas procuram instalar o medo e a intimidação política. E acrescentou: "Rejeitamos, de forma absoluta, qualquer ato de violência, coação ou ameaça contra candidatos, partidos ou cidadãos".
Refere a direção de campanha do Chega que a política deve ser feita de propostas, debate e compromisso com as pessoas, nunca através da violência.
Exigindo que este caso seja cabalmente esclarecido pelas autoridades competentes e que os responsáveis sejam levados à justiça, o Chega assumiu estar determinado em continuar a fazer uma campanha de proximidade e firme nas ideias.
Recorde-se que concorrem à Câmara de Matosinhos a atual presidente de câmara, Luísa Salgueiro, pelo PS, o social-democrata Bruno Pereira, o vereador da CDU José Pedro Rodrigues, o ex-socialista e vereador independente António Parada pelo Chega, o ex-presidente do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda (BE) Pedro Filipe Soares, Filipe Garcia pela IL e Diana Sá pelo Livre.
O atual executivo é composto por sete eleitos do PS, um do PSD, um independente, um pelo movimento António Parada Sim! e um da CDU.
As eleições autárquicas realizam-se a 12 de outubro de 2025.
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