José Luís Carneiro eleito secretário-geral do PS: "Trabalharei com todos"

O novo secretário-geral do Partido Socialista prometeu um "postura diferente", distanciando-se dos conservadores e populistas. "Procuro ser uma pessoa ponderada. Tenho bem a consciência de que também na política uma vida ou opção não refletida não é uma vida nem uma opção vivida", discursou.

José Luís Carneiro

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Teresa Banha com Lusa
28/06/2025 20:36 ‧ há 4 horas por Teresa Banha com Lusa

Política

José Luís Carneiro

José Luís Carneiro foi eleito, este sábado, secretário-geral do Partido Socialista (PS). No primeiro discurso, falou em honra, responsabilidade e na procura coletiva de caminhos de construção para o país.

 

"É a primeira vez que vos falo na qualidade de líder do Partido Socialista. A confiança em mim depositada pelos meus camaradas é uma honra e uma responsabilidade", disse José Luís Carneiro na primeira intervenção após as diretas às quais foi candidato único.

O novo líder do PS, que sucede a Pedro Nuno Santos, acredita que os "valores, ideias e propostas" socialistas "têm condições para continuarem a ser maioritárias no país", e prometeu trabalho com todos para o demonstrar.

"Trabalharei com todos", garantiu, no seu primeiro discurso após ser eleito, e depois de falar em Mário Soares: "O PS, que a partir de hoje tenho a honra de liderar, é um partido de valores e princípios. Temos um passado que nos orgulha e uma vontade de futuro que nos une a todos. Um partido que defende radicalmente o Estado de Direito. Um partido inconformado e reformista", acrescentou, detalhando que o PS é um partido inconformado com as desigualdades e a pobreza.

Procuro ter sentido de responsabilidade e ser parte de caminhos de construção do país

Falando dos tempos atuais, José Luís Carneiro afirmou que muitos políticos têm a tentação de "ceder à política de espetáculo", mas que isso tem um custo para as sociedades: "Exploram medos e receios", acusou, dizendo que estes são políticos que caminham sempre na procura de benefícios imediatos.

"Esses políticos podem ter a vida mediática fácil e apoios conjunturais, mas levam-nos para o atraso. Minam a nossa coesão social. Tiram-nos, enquanto sociedade, o futuro que todos merecemos. Uns, como os populistas, fazem-nos de modo histriónico [...]. Outros, como os conservadores e os neoliberais, fazem mais discretamente - através de uma uma visão que nega a evidência de que os problemas coletivos exigem respostas coletivas", acusou.

Afastando-se destes métodos, o novo secretário-geral do PS atirou: "Esperem de mim uma postura diferente. Procuro ser uma pessoa ponderada. Tenho bem a consciência de que também na política, uma vida ou opção não refletida não é uma vida nem uma opção vivida. Procuro ter sentido de responsabilidade e ser parte de caminhos de construção do país."

Carneiro quer reerguer o PS e quer "dar passos sólidos".

"Sabendo o que queremos e para onde vamos. Sem precipitações. Sem tentações táticas. Sem nos concentrarmos excessivamente em questões conjunturais", enfatizou.

Segundo o socialista, a sua "experiência diversificada" de vida fez dele "uma pessoa compreensiva e determinada, firme, serena e tranquila", comprometendo-se a honrar as responsabilidades que assumiu.

[Notícia atualizada às 22h01]

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