Inês Sousa Real: "A tolerância com os intolerantes tem de ter um limite"

A porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, defendeu hoje, à margem da marcha LGBTI+ do Porto, que "a tolerância com os intolerantes que ter um limite", lembrando que o ódio mata e a discriminação é um crime.

Inês Sousa Real

© Paulo Spranger/Global Imagens

Lusa
28/06/2025 17:07 ‧ há 3 horas por Lusa

Política

Inês Sousa Real

"A tolerância com os intolerantes tem de ter um limite. Nós não podemos continuar a ter quer movimentos, quer partidos, que são ostensivamente contrários aos direitos humanos e aos princípios fundamentais da nossa Constituição e que atacam não apenas a comunidade LGBTIQA+ [lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, intersexuais, queer, assexuais e outros], mas também os direitos das mulheres, e atacam também em função da cor da pele", defendeu hoje a também deputada única do PAN.

 

Falando à Lusa na Avenida dos Aliados, onde arrancou a 20.ª marcha LGBTI+ do Porto, Inês Sousa Real considerou que em causa está "uma luta bastante difícil naquilo que diz respeito ao crescimento da extrema-direita", apontando ainda ao "muito financiamento, algum dele até de origem bastante duvidosa e ilegal, que está por detrás destes movimentos".

A deputada considera que os mesmos "devem ser ilegalizados", e lamentou o caso do partido Ergue-te, que foi extinto "por não apresentar contas e não por aquilo que é a sua agenda xenófoba, extremista e discriminatória".

Inês Sousa Real lembrou ainda, no âmbito do debate sobre a exclusão de alguns movimentos do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), que é "fundamental a monitorização destes movimentos de extrema-direita estar feita e espelhada também no RASI", defendendo que não é por estarem a ser investigados que devem ser excluídos do relatório.

"Temos a responsabilidade, enquanto partido do espectro democrático, de promover políticas públicas que nos norteiem para a inclusão. Neste momento, é preciso termos um plano nacional que esteja efetivamente a ser executado com princípios de não discriminação para, de alguma forma, combatermos os fenómenos do ódio", disse ainda a responsável do PAN.

Inês de Sousa Real lembrou que "discriminar ou odiar alguém em função da sua identidade de género, em função da sua cor da pele ou da orientação sexual não é liberdade de expressão, é crime".

"Para o PAN essa linha está muito clara, estaremos sempre ao lado do respeito e da igualdade e achamos que essas condutas têm que ser criminalizadas, é um caso de justiça e de polícia, e em sociedade não podemos dar por derrotada essa guerra contra o ódio e contra a discriminação", frisou.

A deputada concluiu vincando que "o ódio mata, enquanto que o amor, a liberdade e o direito de sermos quem somos não mata".

A realização da '20.ª Marcha do Orgulho LGBTI+ do Porto' entre a Avenida dos Aliados e o Largo Amor de Perdição condicionou hoje o trânsito em algumas ruas por motivos de segurança.

Numa informação publicada na sua página oficial, a autarquia, liderada pelo independente Rui Moreira, referiu que os condicionamentos de trânsito vão ocorrer entre as 15h00 e as 00h00 horas e serão assegurados pela polícia.

Sob o lema 'Direito a existir, Dever de resistir', a Marcha do Orgulho LGBTI+ passa pela Rua Gonçalo Cristóvão, Praça da República, Rua da Boavista, Rua de Cedofeita, Praça de Carlos Alberto, Rua do Carmo, Cordoaria (junto ao Tribunal) e termina no Largo Amor de Perdição.

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